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Uma igreja evangélica de João Pessoa foi condenada a pagar R$ 100 mil de indenização por exploração do trabalho infantil. Um jovem denunciou que foi explorado dos 14 aos 17 anos, entre 2012 e 2015. O pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) manteve uma decisão de primeira instância tomada em 2016.

Em entrevista à TV Cabo Branco, o jovem contou que o trabalho incluia arrumar o banheiro e organizar o salão da Igreja Mundial do Poder de Deus. “Todo tipo de trabalho que existe para uma pessoa normal fora da igreja, eles mandavam dentro da igreja também”, relatou.

O jovem também afirmou que também trabalhou em igrejas de cidades do interior. As atribuições iam desde a pregação, a cuidar da arrecadação e cumprir metas de acordo com cada pastor. “É obrigado a arrecadar um certo valor. Se isso não acontecer, somos reduzidos para voltar à sede e ali começam as punições, como arrumar as cadeiras, de manhã até a noite, faxina, lavar o banheiro”, comenta.

Por causa do horário de trabalho, o jovem conta que chegou a abandonar a escola e passou a morar na igreja. Para visitar a família, era preciso ter uma autorização do pastor.

“A sentença, de forma correta, apontou a prática de exploração do trabalho infantil e o Tribunal do Trabalho da Paraíba manteve a condenação da igreja, reconhecendo a prática de que havia a exploração. Foi o dano moral, porque se tratava de uma criança e havia muito assédio para arrecadação de valores que pudessem vir a somar para os cofres da igreja, e o dano existencial, quando ele deixou a família e a escola e se dedicou integralmente aos trabalhos da igreja”, relatou o advogado da vítima, Adilson Coutinho, também em conversa com a TV Cabo Branco.

Procurada para se pronunciar, a Igreja Mundial do Poder de Deus não deu nenhuma resposta até esta sexta-feira (18).

[b]Fonte: Jornal da Paraíba[/b]

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