A onda de violência no México já provocou a morte de pelo menos 35 mil pessoas nos últimos quatro anos.

A Igreja Católica do México acusou o governo dos Estados Unidos de ser o responsável pela onda de violência que atinge o país e que provocou a morte de pelo menos 35 mil pessoas nos últimos quatro anos.

Por meio de um editorial publicado em seu órgão oficial, “Desde la fe”, a Arquidiocese Primaz do México declarou que “um país que fecha suas fronteiras quantas vezes quer, com tratados de livre comércio ou não, aos produtos que representam o trabalho de mexicanos excepcionais, mas que mantém todas as suas portas abertas, durante 24 horas por dia, ao tráfico de substâncias debilitantes, não deveria se sentir distante da violência que o combate ao narcotráfico provoca”.

Dirigida pelo arcebispo Norberto Rivera Carrera, a Arquidiocese ainda afirmou, no artigo intitulado “Rápido e Furioso: Suposto Culpado” (em tradução livre do espanhol), que os Estados Unidos “são os verdadeiros culpados [pela violência no país]”.

O texto se refere a uma operação secreta que o governo norte-americano realizou no México, entre 2008 e 2009, e que permitiu a entrada de cerca de 2.000 armas no país com o objetivo de rastreá-las e, assim, deter membros de organizações criminosas, sem informar a seu vizinho.

A Arquidiocese questiona no artigo “o que os Estados Unidos fizeram de efetivo” nos últimos quatro anos “para conter as ações e o consumo de cidadãos?”.

Em junho do ano passado, por meio da mesma revista, a instituição eclesiástica afirmou que o narcotráfico quer dominar o país e que os grupos criminosos se posicionam “acima da lei, da polícia, porque a superam em armamento e em estratégia, ou porque a ameaçam ou a corrompem”.

[b]Fonte: Ansa[/b]

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