A Presbiteriana dos Estados Unidos não tem ligação com a brasileira, segundo Augustus Nicodemus, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil

Dias depois de aprovar a alteração da constituição que inclui o casamento gay na maior denominação Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), um casal de lésbicas será ordenado como pastoras na First & Central Presbiteriana Church, em Wilmington, Delaware.

[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×300/smart/media.guiame.com.br/archives/2015/03/24/2787424174-pastoras-lesbicas-da-presbiteriana-eua.jpg[/img]Kaci Clark-Porter e Holly, que se casaram há três anos, serão o primeiro casal do mesmo sexo a ser ordenado em conjunto. O culto de ordenação será realizado na tarde do próximo domingo (29).

No ano passado, a Igreja Presbiteriana americana aprovou a votação sobre uma emenda para alterar a sua definição oficial de casamento, substituindo “união entre um homem e uma mulher” para “união entre duas pessoas”. Na terça-feira (17), a proposta de alteração do Livro de Ordem da PCUSA teve o número necessário de votos do presbitério.

Ambas foram criadas em famílias conservadoras no Texas, se divorciaram de seus maridos e saíram em seus 20 anos, durante o seminário.

“Quando comecei a servir aqui na First & Central eu senti que realmente me tornei uma pastora, e que eu era realmente capaz de cuidar de pessoas. Eu finalmente comecei a me importar comigo, e esta comunidade cuidou de mim e me aceitou, e aceitou a minha relação com Holly totalmente”, disse Clark-Porter.

Clark-Porter será uma pastora associado da igreja, e Holly irá liderar a Gay Big Church, filiada da First & Central.

Esta não é a primeira vez que a PCUSA esteve nas manchetes em direção à aceitação da homossexualidade dentro da igreja. Em 2010, a Assembleia Geral da PCUSA aprovou uma medida que permitiu a ordenação de homossexuais celibatários.

[b]Sem ligações com a Presbiteriana do Brasil[/b]

Augustus Nicodemus, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, deixou claro que a PCUSA não tem ligação alguma com Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB). “A Igreja Presbiteriana do Brasil não tem nenhum relacionamento com esta ‘igreja’ americana, da qual se desligou faz décadas por causa das posturas liberais da mesma, muito antes dela aprovar o casamento gay”, escreveu para o blog “O tempora! O mores!”.

“O que houve, na verdade, foi a adequação da constituição da PCUSA à prática já em vigor. Os pastores desta denominação (que para nós é apóstata) já estavam autorizados a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo faz já algum tempo”, explica. “A PCUSA é uma denominação liberal que já abandonou faz tempo os principais pontos da Reforma, como a autoridade e infalibilidade das Escrituras.” Nicodemus esclarece ainda que algumas igrejas presbiterianas seguem linhas teológicas diferentes. “Muitos não sabem que o termo ‘presbiteriana’ define apenas um sistema de governo, não uma teologia. A rigor, uma igreja presbiteriana é aquela que é governada por presbíteros. Assim, há igrejas que se dizem presbiterianas mas que são renovadas ou de linha pentecostal. No caso da PCUSA, é uma igreja governada por presbíteros e que adota uma teologia liberal.”

Por fim, Nicodemus se posiciona firmemente em relação à visão da igreja sobre o casamento: “A IPB é conservadora na sua doutrina e mantém o conceito da inerrância das Escrituras. Como tal, não reconhece o ‘casamento’ gay e certamente repudia tal decisão da PCUSA de redefinir o casamento desta forma.”

[b]Fonte: Guia-me[/b]

Comentários