A educação ambiental é reflexão e ação, uma questão ética, em que igrejas e outras instituições podem contribuir. “Acho que o mais importante de tudo é fazer com que as pessoas reflitam sobre como podem agir”, disse a doutora Maria Cornélia Mergulhão, que coordena trabalho educativo no Zoológico de Sorocaba, São Paulo.

Em entrevista ao Instituto Humanitas (IHU), da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Mergulhão relatou o resultado de palestra proferida em igreja presbiteriana local, onde os fiéis estavam interessados em saber como um crente poderia trabalhar melhor as questões envolvendo o meio ambiente.

Da palestra resultou que aquela congregação decidiu plantar 500 árvores ao redor do templo, trocar o papel que utilizam para a confecção do boletim informativo por papel reciclável, e separar o lixo doméstico.

Em educação, definiu a coordenadora, “nós precisamos buscar mesmo as coisas pelas quais as pessoas estão interessadas e aumentar ainda mais esse interesse”.

Em tempos de discussão sobre o aquecimento global, tema que é de conhecimento tanto de crianças quanto de adultos, a educação ambiental joga papel importante na disseminação de conceitos e conhecimento sobre o meio ambiente, visando a preservação do planeta.

Marta Megulhão defende, bem por isso, a implantação de programas de educação ambiental nas escolas, uma vez que elas podem atingir todos os cidadãos através de um processo pedagógico participativo permanente, trabalhando a consciência crítica sobre a problemática ambiental.

O Zoológico Quinzinho de Barros, de Sorocaba, desenvolve programas de educação ambiental voltados para públicos de diferentes faixas etárias – crianças, jovens, adultos. Ela relatou, por exemplo, a respeito de programa desenvolvido no zôo local para pais, avós e filhos. “Ele acontece durante um final de semana. Inclusive a família dorme no zoológico, depois de discutir sobre um tema bem atual”, exemplificou.

A professora acredita que a questão ambiental é um tema da educação e que o meio ambiente representa uma questão ética, acima de tudo. Ela encara o zoológico como uma sala de aula viva “no sentido de trazer para perto das pessoas um pouco do meio ambiente”.

Fonte: Rádio Grande FM

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