A derrubada das barreiras aos negócios com o Irã animou o governo brasileiro a explorar os mercados de 57 países muçulmanos. Para isso, o Inmetro vai criar um selo Halal, que garante que os produtos embarcados foram preparados de acordo com as regras impostas pela religião. É a versão muçulmana do kosher judeu.

Atualmente, o comércio de produtos certificados — de carne bovina a itens como cosméticos e rações (que usam insumos animais) — movimenta US$ 1 trilhão por ano, segundo o presidente do Inmetro, Luís Fernando Panelli Cesar.

O Brasil é o maior vendedor de proteína animal para os países muçulmanos (o que inclui frango e porco). Mas cabe à Austrália o título de maior exportador de mercadorias halal. A Suíça também tem um amplo programa de certificação.

— O Brasil tem que ser forte nesta indústria nos países árabes muçulmanos. Vamos analisar os padrões para cada item e estabelecer procedimentos de certificação, é uma oportunidade de ouro — diz Panelli.

Este mês, haverá reuniões entre o Inmetro e entidades certificadoras para elaborar da regulamentação. O processo é complexo: as regras de abate de bovinos são diferentes para sunitas e xiitas. Haverá um selo halal para cada grupo.

[b]Fonte: O Globo[/b]

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