O Ministério de Assuntos Exteriores do Irã enviou ontem à Embaixada da Suécia em Teerã uma nota de protesto contra a publicação em um jornal sueco de uma caricatura do profeta Maomé, considerada “blasfema” pela República Islâmica.

Dada a ausência do embaixador e do encarregado de negócios da embaixada, o departamento convocou a encarregada de negócios da legação diplomática, segundo a imprensa iraniana.

“Uma ação assim fere os sentimentos de mais de 1 bilhão de muçulmanos no mundo”, afirmou o diretor-geral do Departamento para a Europa Central e Setentrional do ministério, Ali Bagheri, à agência “Irna”.

A agência não dá detalhes de quando e em que jornal a caricatura foi publicada.

“A República Islâmica respeita a liberdade de imprensa, mas esta liberdade não deve permitir nenhum prejuízo ou insulto contra os seguidores das religiões”, acrescentou o diretor-geral.

Bagheri pediu ao Governo sueco que “condene a publicação da caricatura” e advertiu que “há grupos que querem destruir as positivas relações da Suécia com os países islâmicos”.

Em setembro de 2005, um jornal dinamarquês publicou doze charges do profeta Maomé que provocaram grandes protestos no mundo islâmico, com um boicote econômico a produtos da Dinamarca e ataques a edifícios diplomáticos.

A religião islâmica proíbe a representação gráfica de Deus ou de seu profeta, Maomé.

Fonte: EFE

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