Um juiz argentino ampliou ontem o processo de prisão preventiva aberto contra o ex-militar Ricardo Cavallo em uma causa que investiga o desaparecimento na última ditadura das freiras francesas Alice Domon e Léonie Duquet, e da fundadora do grupo Mães da Praça de Maio, Azucena Villaflor.

O juiz Sergio Torres suspendeu, além disso, um embargo de cerca de US$ 4 milhões sobre os bens de Cavallo, recentemente extraditado a partir da Espanha, informaram fontes judiciais.

O magistrado responsabilizou nesta quinta o ex-militar, conhecido como “Sérpico”, pelo seqüestro e a tortura das religiosas, de Villaflor e de outros oito parentes de desaparecidos de 1976 a 1983.

Todos eles foram privados de sua liberdade em dezembro de 1977 e levados às instalações da Escola de Mecânica da Marinha (Esma), a principal prisão clandestina da ditadura, onde calcula-se que estiveram hospedados cerca de cinco mil detidos de maneira ilegal.

Cavallo cumpre pena de prisão preventiva em uma cadeia da periferia de Buenos Aires.

De acordo com cálculos oficiais, na ditadura argentina desapareceram 18 mil pessoas, mas organismos de direitos humanos afirmam que as vítimas na realidade foram 30 mil.

Fonte: EFE

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