O presidente da Associação dos Magistrados de Alagoas, o juiz Paulo Zacarias, foi seqüestrado na noite de domingo, em Maceió (AL). Ele foi abordado por três homens armados quando saía da Igreja Batista do Farol, no bairro Pinheiro.

Na madrugada desta segunda-feira, a polícia encontrou o carro do juiz carbonizado em Coqueiro Seco, a 32 km da capital do Estado. A investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil.

A família já teria recebido um telefonema dos criminosos dando uma prova de que o juiz está vivo. O valor pedido pelos seqüestradores seria, inicialmente, de R$ 300 mil.

Linha dura
O juiz Paulo Zacarias é considerado “linha dura” no Estado. Na semana passada, ele saiu em defesa do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador José Fernando Lima Souza, que foi acusado pelo ex-deputado federal, João Lira (PTB), de ser conivente com supostas fraudes eleitorais ocorridas nas urnas eletrônicas.

No ano passado, ele já havia saído em defesa dos juízes alagoanos ao se mostrar contrário ao Índice de Produtividade dos Juízes (IPJ, o provão da magistratura alagoana), dividindo o Judiciário do Estado.

Zacarias chegou a declarar que, em Alagoas, juiz não tinha nem papel higiênico para trabalhar e que faltavam papéis, computadores e material de escritório nas comarcas. Na época, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Estácio Gama, chegou a brincar em uma coletiva dizendo que instauraria uma auditoria para verificar para onde estavam indo os papéis higiênicos dos juízes.

Fonte: Cidade Verde

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