Há três meses, April Hoagland e Rebecca Peirce receberam em casa a nova integrante na família: uma menininha de oito meses. Mas, esta semana, as companheiras de Utah, nos Estados Unidos, foram surpreendidas com uma triste notícia: teriam de devolver o bebê, que acaba de completar 1 ano, porque são lésbicas.

Segundo elas, um juiz do tribunal juvenil informou que a criança seria retirada da casa em sete dias para então ser entregue a um casal heterossexual. “Ele disse que pesquisas comprovam que crianças crescem melhor em lares heterossexuais”, contou April ao jornal americano “The Salt LakeTribune”.

O juiz não forneceu detalhes da pesquisa na sessão do tribunal, mas a publicação informa que um porta-voz confirmou a informação.

“Fui pega de surpresa porque nunca achei que isso poderia acontecer”, disse Rebecca, que vai recorrer da sentença.

April e Rebecca, que são casadas, já criavam duas outras crianças, de 12 e 14 anos, quando foram aprovadas pelo Serviço de Divisão da Infância e da Família de seu estado como mães adotivas delas. Portanto, elas tinham esperança de conseguir a guarda definitiva também do bebê.

Brent Platt, diretora da agência de bem-estar infantil de Utah, disse ao jornal que a agência também pode recorrer da sentença se sentir que a decisão “não é melhor para a criança.”

Em Utah, os eleitores decidiram proibir casamentos entre pessoas do mesmo sexo, mas o resultado colhido nas urnas foi revogado no ano passado por juízes federais.

[b]Fonte: Último Segundo – iG[/b]

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