A liberdade religiosa é outra vítima da guerra no Iraque, onde pessoas de todas as fés são incomodadas, sequestradas ou até mesmo mortas por causa de suas crenças, informou um relatório do governo dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

Em seu relatório anual sobre tolerância religiosa e liberdade no mundo, o Departamento de Estado dos EUA criticou o Irã, a Coréia do Norte e Mianmar, mas descreveu a contumaz transgressora e aliada próxima, Arábia Saudita, como tendo mostrado alguma melhora.

No Iraque, onde cerca de 169 mil soldados lutam contra uma insurgência e a violência sectária, o relatório afirma que a frágil habilidade do governo em proteger as liberdades religiosas foi comprometida.

“Muitos indivíduos de vários grupos religiosos foram alvo por causa de suas identidades religiosas ou suas inclinações seculares”, afirma o documento. “Esses indivíduos foram vítimas de abuso, intimidação, sequestro e assassinato”.

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, não quis comentar a parte do relatório sobre o Iraque, mas divulgou nota em que afirma que a intolerância religiosa alimenta o terrorismo.

O relatório diz que a frequente violência sectária no Iraque inclui ataques a locais de culto, sendo o caso mais dramático a explosão de uma mesquita xiita em Samarra, em 22 de fevereiro. O incidente detonou uma onda de violência que matou dezenas de milhares de iraquianos.

O documento não estima o número de mortos, mas lista os incidentes em que homens-bomba atacaram mesquitas em bairros xiitas e sunitas.

A Arábia Saudita, um dos oito países de “particular preocupação”, mostrou sinas de melhora, embora a liberdade religiosa ainda seja severamente limitada, segundo o relatório.

Outros países na lista são Mianmar, China, Coréia do Norte, Irã, Sudão, Eritréia e Uzbequistão. Aqueles que aparecem na lista podem estar sujeitos a sanções ou outras ações punitivas.

Fonte: Reuters

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