Em uma carta para Jenab Mohammad Hamid Ansari, presidente da Comissão Nacional das Minorias, John Dayal, líder da União Geral de Católicos da Índia, disse que a campanha de ódio e perseguição lançada pelos fundamentalistas hindus contra os cristãos em Andhra Pradesh deve ser interrompida por estar fundamentada em falsas acusações e premissas erradas.

A campanha tem aterrorizado uma comunidade que sempre mostrou respeito pela fé de todos.

Uma cópia da carta também foi enviada para o ministro do União de Assuntos de Minorias.

Diz John em sua carta: “Tem havido vários incidentes no Estado durante os últimos seis meses. Freiras e pastores são particularmente atormentados e visados”. Isso acontece especialmente nas Colinas de Tirumala, onde está localizado um dos templos hindus mais venerados.

Estes incidentes são indicativos de um cenário perigoso porque os ataques são conduzidos com o propósito de incitar a população ao ódio inter-religioso. Mas, como John escreve, “Nós [cristãos] respeitamos absolutamente o senso de reverência que têm nossos concidadãos, de todas as crenças … Nós obedecemos o respeito pelo que é Sagrado, uma exclusividade dada ou tomada à força por certas religiões em relação aos seus templos, mas, uma exclusividade proibida a outros … Não pode haver questões assim quanto a lugares públicos, tais como: paradas de ônibus, estações de trem e interiores de ônibus, questões que tornem esses lugares proibidos aos cidadãos indianos de quaisquer crenças”.

O ativista cristão se refere aqui às reivindicações dos extremistas hindus de que os cristãos profanam o hinduísmo, por causa da proximidade que há entre os santos templos hindu e tais lugares públicos.

“Há cristãos e templos cristãos em cidades santas, como Panipat, Kurukshetra, Amritsar, Ajmer … [Mas nesses lugares] nunca houve problema ou perseguição”, disse ele.

O ataque de 25 de junho contra as freiras da Mãe Teresa durante uma visita a um hospital local é um indicativo desta indisposição difundida.

Por esta razão, John Dayal quer uma revisão constitucional das leis do Estado de Andhra Pradesh, que proíbe “o movimento, a profissão e o trabalho social e de caridade dos ‘cidadãos’”. Tais leis discriminam as minorias.

Fonte: Portas Abertas

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