O líder fundamentalista islâmico indonésio Abu Bakar Bashir visitou na prisão três condenados à morte pelos atentados terroristas de Bali em 2002, e advertiu que o país “sofrerá um grande desastre” se eles forem executados.

Bashir disse que o Governo, a Corte Suprema e os procuradores – todos muçulmanos – se transformarão em apóstatas do Islã se cumprirem a decisão de executar os condenados por fuzilamento, informou hoje o jornal local “The Jakarta Post”.

O líder espiritual da organização Jemaah Islamiya visitou no sábado passado o complexo penitenciário de Cilacap, ao sudoeste de Java, onde estão presos os três condenados em 2005 à morte por seus envolvimentos nos ataques de outubro de 2002, que mataram 202 pessoas, a maioria turistas estrangeiros.

Bashir assegurou que os três são guerreiros sagrados do Islã e que sua atitude foi contrária ao terrorismo, apesar de as vítimas serem inocentes.

“Se suas motivações foram corretas, devem ser pacientes, só devem se arrepender perante Alá se não foi assim”, afirmou.

O líder, de 69 anos, afirmou que inicialmente se sentiram culpados de ter usado a violência para defender o Islã porque entre os mortos houve muçulmanos.

Por isso, decidiram jejuar durante dois meses, embora não tenha revelado se fizeram o mesmo pelos estrangeiros mortos.

Bashir foi libertado em junho de 2006 após dois anos meio atrás das grades por ter sido o suposto cérebro dos atentados.

Fonte: EFE

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