O senador evangélico Magno Malta (foto) alertou, nesta terça-feira (3), para a possibilidade de criação de “um império homossexual no Brasil”.

De acordo com ele, o país não é homofóbico e os militantes gays estariam promovendo perseguição contra aqueles que não concordam com eles.

Ao criticar projeto que criminaliza a homofobia (PLC 122/2006), em tramitação no Senado, Malta reclamou que manifestações contrárias à homossexualidade serão punidas com mais rigor que as manifestações contrárias a qualquer outro grupo caso a proposta vire lei.

“Se você não aluga seu imóvel para um homossexual, ou não aceita o ato afetivo de um casal gay, pega sete anos de cadeia. Se demite ou não admite um homossexual na sua empresa, cinco anos de cadeia. Eu posso não alugar minha casa para um negro, eu posso demitir um portador de deficiência, eu posso não admitir gestos afetivos de um casal heterossexual na porta da minha casa e pedir que eles se beijem em outro lugar, longe dos meus filhos. Mas, se eu fizer isso com um casal homossexual, um simples boletim de ocorrência me levará para a cadeia”.

Boa parte do pronunciamento de Malta na tribuna foi dedicada ao que chamou de “campanha contra o pastor Silas Malafaia”, um dos líderes da Assembleia de Deus. O religioso está sendo processado por se manifestar contra os organizadores da 15ª Parada do Orgulho Gay de São Paulo, que levaram figuras de santos católicos em posições sensuais para a Avenida Paulista, em junho de 2011.

Em seu programa de TV, Malafaia teria aconselhado os católicos a “baixar o porrete” e “entrar de pau” nos participantes e organizadores. Para o procurador que atua no processo, ele teria se comportado como “assassino de homossexuais”.

De acordo com Magno Malta, como a acusação, tenta-se calar a posição contrária à homossexualidade adotada pelo pastor. Ele recordou o episódio em que um bispo da Igreja Universal chutou uma santa em um programa de TV, e, reprovando o ato, perguntou onde estão, hoje, os defensores da Igreja Católica que naquela época se voltaram contra os evangélicos.

Em aparte, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que conhece os autos do processo e o contexto da fala de Malafaia. Para ele, o pastor não queria incitar a violência física ao dizer “entrar de pau”, apenas teria usado um termo comumente usado no sentido de criticar com veemência, ou responder com forte crítica.

“Eu li tudo e acho que estão agindo com intolerância contra Malafaia, ele não estava incitando a violência física”, disse.

[b]Fonte: Agência Senado[/b]

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