De cabelos curtos e pintados, bem diferente do retrato divulgado pela Polícia Civil no início deste mês, e participando de um culto em uma igreja evangélica em uma cidade no interior da Bahia.

Foi desta maneira que a assistente de escritório Marilene Santos de Souza, acusada de encomendar o assassinato do engenheiro Otaviano Gomes Filho, 65 anos, foi presa na sexta-feira por uma equipe de investigadores da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vitória, com apoio de policiais civis baianos.

Marilene já está na Capital capixaba e será apresentada à imprensa na tarde desta segunda-feira no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória pelo delegado Orly Fraga Filho que elucidou o crime.

A suspeita de ser a mandante da morte de Otaviano teria encomendado o homicídio por R$ 37 mil ao vaqueiro Emerson Nogueira Batista, 35, preso no dia 2 de julho. A empreitada foi dividida em oito parcelas.

O motivo do assassinato foi a descoberta do engenheiro de que Marilene estava administrando, havia seis anos, 18 imóveis da irmã da vítima, V.G.L, 80, que sofre de Alzheimer e está interditada, e repassava apenas R$ 2 mil mensais à aposentada. Os imóveis – casas, apartamentos e lojas – segundo a polícia, estão avaliados em mais de R$ 1 milhão.

As investigações da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vitória apontam ainda que Marilene de Souza pretendia fazer um segundo contrato com o vaqueiro Emerson Batista para assassinar outra pessoa da família do engenheiro, possivelmente, a irmã dele.

Quando foi contratar o serviço de pistolagem, Marilene utilizou o nome de uma antiga empregada da família da irmã do engenheiro.

Isso fez com que a polícia chegasse a deter a funcionária, que mais tarde descobriu-se que nada tinha a ver com o assassinato.

A suspeita teria dito a Emerson que a família da irmã de Otaviano Gomes Filho era ingrata, que há mais de 20 anos trabalhava com a aposentada, e que quando receberia um imóvel como gratificação pelos serviços, o engenheiro impediu.

O contrato com executor do crime foi realizado em janeiro, por um intermediário, identificado como Edmilson Monteiro, o Jorge.

Ele seria o motorista do Fiat Palio onde estava o assassino do engenheiro. O acusado também está sendo investigado.

Também está detido o comerciante João Carlos de Jesus Nogueira, 33, que teria disponibilizado o Fiat Palio de cor prata, utilizado pelo assassino no dia do assassinato.

Com passagem policial por homicídio, na casa de João havia uma das armas que pode ter sido utilizada no crime.

Fonte: Gazeta online

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