A campanha do deputado Marcelo Freixo (PSOL) prepara encontro com líderes religiosos para se contrapor ao senador Marcelo Crivella (PRB), bispo licenciado da Igreja Universal, seu adversário na disputa pela Prefeitura do Rio.

A intenção é reunir representantes de diferentes religiões, inclusive evangélicas. Um dos organizadores é o pastor luterano Mozart Noronha.

[img align=left width=300]http://f.i.uol.com.br/folha/poder/images/16276605.jpeg[/img]Freixo tem sido alvo de ataques nas redes sociais que partem principalmente do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, em razão de suas posições sobre drogas e aborto –o deputado estadual é a favor da descriminalização de ambos.

“Queremos desmitificar a ideia de que o povo evangélico é monolítico. As tensões sociais ocorrem também dentro da igreja. Estamos muito mais comprometidos com as propostas de Freixo de inclusão social”, disse Noronha.

O pastor afirma que deve reunir no sábado (8) lideranças de religiões afrobrasileiras, espíritas, católicas, luteranas, anglicanas, presbiterianas e metodista.

“É importante dialogar com todas as religiões. Acho preocupante que o projeto de cidade pertença a uma religião”, disse Freixo.

Um dos objetivos da campanha é atrair eleitores que rejeitam Crivella. De acordo com pesquisa Datafolha, 31% dos eleitores afirmam que não votariam no candidato do PRB.

O tema religioso esteve presente no primeiro turno. Para evitar críticas, Crivella fez agendas ao lado de umbandistas –alvo de pastores da Universal– e de dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio. O encontro com o líder católico foi usado em panfletos, gerando ação judicial da Arquidiocese para desvincular dom Orani da eleição.

Em 2014, no segundo turno da eleição estadual, Crivella sofreu forte ataque do PMDB. A propaganda do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) questionava se o eleitor queria ser governado pelo bispo Edir Macedo, tio de Crivella e líder da Igreja Universal.

Por isso, o senador preferia enfrentar o candidato do PSOL a Pedro Paulo (PMDB). Freixo diz que não fará ataques diretos à igreja. “Vamos falar sobre diversidade e democracia. Mas não condená-lo por ser de uma religião.”

O psolista criticou os boatos a respeito de sua candidatura na internet. “O que algumas forças políticas aliadas ao Crivella estão fazendo é uma barbárie política.”

Crivella diz que não pode ser responsabilizado pelo que é dito na internet.

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

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