O médico legista que realizou a autópsia na menina Gabrielli Cristina Eccholz, 1 ano, morta na pia de batismo de uma igreja adventista em Joinville, no norte de Santa Catarina, afirmou que não teria ocorrido estupro ou atentado violento ao pudor contra a criança.

A morte da menina aconteceu no dia 13 de março e gerou comoção na cidade.

Na declaração dada à Gazeta de Joinville, o médico João Domingos Koerich afirma que também que a lesão no crânio da menina poderia ter sido causada por uma simples queda. Ele destacou que em nenhum momento o laudo necroscópico menciona ter existido violência sexual contra a garota e que a causa da morte seria afogamento. “O objetivo do exame que realizei não era apontar um culpado, e sim determinar a causa da morte”, disse.

Dez dias depois do crime, o pedreiro Oscar Gonçalves do Rosário, 22 anos, foi preso e confessou o crime à polícia. Diante do juiz, entretanto, o acusado negou ter abusado e estrangulado Gabrielli e pediu a realização de um exame de DNA, o que nunca aconteceu.

Segundo Koerich, o que teria chamado a atenção no corpo da garota seria apenas um “hematoma no pescoço”. O laudo anexado ao processo não menciona violência sexual.

O médico não foi localizado nesta quinta-feira para comentar o assunto, mas sua declaração pode representar uma reviravolta no caso. A defesa de Rosário entrou com um pedido de liberdade provisória há um mês e aguarda a resposta do juiz Renato Roberge.

Segundo informações da advogada Elizangela Aschel Loch, a declaração do médico contraria tudo o que foi levantado até o momento e torna quase insustentável manter a prisão do pedreiro. “É um depoimento grave, sério e por isso, esperamos que a Justiça analise o mais rápido possível o pedido de liberdade provisória”, destacou.

Na próxima semana, uma audiência na 1ª Vara Criminal servirá para que outras testemunhas de defesa prestem depoimento.

Fonte: Terra

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