“Em minha adolescência na Arábia Saudita, testemunhei diversos migrantes cristãos filipinos aceitarem o islamismo sob pressão”, disse Joselyn Cabrera, enfermeira filipina, que trabalha no hospital Riyadh.

Devido ao alto número de desempregados nas Filipinas, mais de 10 milhões de cidadãos foram buscar emprego em outros países. Todos os dias, cerca de 3.000 deixam o país. Recentemente, muitos foram para as nações árabes, 600.000 no geral, sendo 200.000 na Arábia Saudita.

“Após alguns meses, os empregadores nos dão um ultimato, dizendo que teremos que nos tornar muçulmanos se quisermos manter nosso emprego”, ela conta. “Para nós, é difícil fazer essa escolha, mas se não a fizermos, seremos vítimas de agressões.”

A enfermeira afirma ter presenciado cerca de 50 conversões forçadas em seu trabalho.

“Eu mesma já fui submetida a pressões de meus colegas muçulmanos, mas sempre me recusei a ceder, afirmando que prefiro continuar sendo cristã. Até agora, nada aconteceu comigo. Ainda.”

De acordo com a administração responsável pelos empregos de filipinos no exterior, a emigração filipina para o Oriente Médio cresceu 29,5% entre 2007 e 2008, um destino escolhido por muitos migrantes, e isso, apesar da possibilidade de conversões forçadas e abuso sexual.

O caso mais recente envolve uma mulher que foi estuprada no trabalho. Por causa do incidente, as autoridades da Arábia Saudita acusou a cristã de relações extraconjugais e a prendeu.

No mês que vem, ela terá que se apresentar ao tribunal, que pode condená-la a 100 chicotadas.

Fonte: Missão Portas Abertas

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