Milhares de mulheres fizeram manifestações nesta sábado nas principais cidades italianas para exigir, entre outros, o direito ao trabalho, à qualidade de vida e à liberdade, além de defender a lei do aborto e condenar a discriminação.

A maior manifestação aconteceu em Roma, onde se concentraram cerca de 30.000 mulheres, segundo dados da três grandes centrais sindicais – CGIL, UIL e CISL – que organizaram o ato sob o lema “Trabalho, liberdade de escolha, desenvolvimento e qualidade de vida”.

O dia adquiriu um significado especial no que se refere à defesa da lei do aborto, conhecida na Itália como a lei 194, depois da polêmica gerada pela moratória proposta pelo ex-ministro, ex-porta-voz de Silvio Berlusconi e jornalista Giuliano Ferrara, que hoje se manifestou na mesma hora em uma praça próxima ao local da manifestação dos sindicatos.

A manifestação convocada pelos sindicatos teve a presença da ministra para a Igualdade de Oportunidades italiana, Barbara Pollastrini, que disse que a liberdade da mulher “ainda não foi possível”.

Durante a manifestação, foram lidas mensagens de solidariedade a Ingrid Betancourt, a política franco-colombiana seqüestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há seis anos, e que se encontra em grave estado de saúde, e a líder opositora birmanesa Aung San Suu Kyi.

O presidente italiano, Giorgio Napolitano, denunciou que há “muitos desequilíbrios” no mundo do trabalho e que, embora as distâncias tenham diminuído, “ainda está muito longe a meta da igualdade” entre homens e mulheres.

Fonte: Folha Online

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