A ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou que Feliciano incita “o ódio e a violência”, e classificou as atitudes do pastor de ilegais.

Após o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) ser alvo da pressão de ativistas, artistas e colegas parlamentares, e depois de a própria Mesa Diretora pedir que ele renuncie ao comando da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o governo federal se uniu ao coro dos insatisfeitos com o pastor.

A ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou que Feliciano incita “o ódio e a violência”, e classificou as atitudes do pastor de ilegais. As reações dos dois órgãos submetidos à Presidência da República seguem a linha adotada pela presidente Dilma Rousseff, que, na última sexta-feira, disse que o Brasil “tem de lutar para superar a discriminação”, em referência indireta à polêmica na Câmara.

Maria do Rosário criticou o pastor ao sair de evento no Senado, em memória às vítimas do Holocausto. Ela alegou que o governo federal não pode intervir no Legislativo, mas fez um apelo para que a Câmara ou o Ministério Público encontrem uma solução para o caso. “Sem dúvida, as declarações que motivam a intolerância devem ser pensadas com muita responsabilidade pública por todas as autoridades e todo o país, porque o Brasil conquistou a convivência entre diferentes como grandes aspectos da democracia”, argumentou.

A ministra destacou que as afirmações de Feliciano ultrapassaram as barreiras da comissão, “porque incitar a violência e o ódio é atitude ilegal, inconstitucional, e as autoridades também estão sujeitas à lei”.

No mesmo evento, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falou sobre discriminação, embora sem referência explícita ao caso. “Não deixemos que os nossos preconceitos transformem o Brasil em uma nação de intolerância, seja ela qual for: racial, cultural, regional, religiosa ou de orientação sexual.”

[b]Fonte: Diário de Pernambuco[/b]

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