Os monges budistas retomaram hoje as manifestações pacíficas para exigir que a Junta Militar de Mianmar (antiga Birmânia) peça desculpas pelos maus-tratos sofridos por religiosos durante a repressão a atos de protesto.

Os protestos começaram esta manhã nas cidades de Yangun, a maior do país, e Mandalay, no norte, o mais importante centro comercial, informou o site “Mizzima”.

Em Mandalay, cerca de mil monges carregando bandeiras marcharam pelas ruas principais sob forte chuva, e sem intervenção da Polícia.

Cerca de 100 religiosos se manifestaram em Yangun, também sem que a Polícia tentasse dissolver o protesto.

É o terceiro dia de manifestações dos bonzos. Ontem, as forças de segurança usaram bombas de fumaça para dispersar centenas de monges budistas que se manifestavam pacificamente na cidade de Sittwe, no noroeste do país.

A Polícia agiu quando os bonzos receberam a adesão de grupos civis budistas e muçulmanos. Eles se solidarizaram com o boicote declarado ao regime por setores religiosos.

As manifestações foram convocadas pela “Aliança de todos os monges birmaneses”. A organização exige que o Governo peça desculpas pelos maus-tratos sofridos dia 5 de setembro pelos bonzos do mosteiro de Pakokku, durante uma manifestação pacífica.

Mais de 100 pessoas foram detidas pela Polícia e pelos militares desde que começaram os protestos.

Mianmar é governada por um regime militar desde 1962.

Fonte: EFE

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