O mosteiro de Sera, um dos que em março iniciou os protestos contra o Governo chinês, retomou suas atividades religiosas após ficar um mês e meio fechado, informou hoje a agência de notícias chinesa “Xinhua”.

O mosteiro, nos arredores de Lhasa, realizou seu primeiro serviço religioso no domingo, ao qual assistiram 380 monges budistas, informa a agência.

O veículo de comunicação acrescentou que o chefe do Partido Comunista da China no Tibete, Zhang Qingli, visitou o recinto na semana passada e se reuniu com representantes do mosteiro para negociar a restauração desses serviços.

Em 10 de março, monges dos mosteiros de Sera e Drepung começaram a marchar em direção a Lhasa para comemorar o 49º aniversário de um protesto tibetano contra a ocupação chinesa que fracassou e terminou com a fuga ao exílio do dalai lama.

As manifestações, em algumas ocasiões reprimidas pela Polícia com detenções e bombas de gás lacrimogêneo, duraram vários dias.

Os protestos ficaram violentos em 14 de março, quando grupos tibetanos atacaram emigrantes chineses na cidade, causando a morte de 18 civis e um policial, segundo a versão oficial chinesa e depoimentos de turistas estrangeiros que se encontravam em Lhasa.

A restauração dos serviços no mosteiro de Drepung ainda não tem data para ser retomada, embora no último fim de semana o diretor administrativo do recinto, Ngawang Dongjue, em entrevista à “Xinhua”, tenha dito que as atividades serão restabelecidas em breve.

Fonte: EFe

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