O motorista, que também é pastor, considera sua demissão uma violação da sua liberdade de expressão.

O motorista George Nathaniel, de 49 anos, trabalhava em ônibus escolares no distrito escolar de Burnsville-Eagan-Savage, na cidade norte americana de Minneapolis, porém foi recentemente demitido porque fazia orações pela segurança de seus passageiros no início de cada viagem para levar grupos de crianças à escola.

Nathaniel, que é também pastor evangélico, estava em seu segundo ano no cargo quando recebeu uma advertência para que não mais orasse com seus passageiros após uma denúncia a respeito de suas orações, tendo, inclusive, suas rotas de trabalhos mudadas por causa disso. Porém, ele continuou a realizar as orações, e acabou sendo demitido.

Ele considera sua demissão uma violação da sua liberdade de expressão, e afirma que não é certo “demitir um motorista por orar pela segurança das crianças”.

– Começávamos com uma música. Então, eu começava a orar e perguntava quem queria se juntar a mim na oração. Quem não queria orar, eles não tinham que orar. Eu apenas dava a eles algo construtivo e positivo para ir para a escola – relatou o motorista, em entrevista ao StarTribune.

Porém, no dia 30 de outubro, Nathaniel recebeu sua carta de demissão, afirmando ter havido queixas de material religioso no ônibus e também queixas em relação ao seu desempenho profissional.

Segundo o site The Blaze, a diretora de comunicação do distrito escolar, Ruth Dunn, se recusou a comentar sobre as orações feitas pelo motorista, mas afirmou que um ônibus escolar é “uma extensão da jornada escolar, quando se refere ao comportamento dos alunos e da equipe de apoio”.

Desde 1962, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que é inconstitucional que escolas públicas incentivem orações ou outras atividades religiosas entre seus alunos. Decisões judiciais posteriores confirmaram e ampliaram a proibição de orações nas escolas incluindo também orações lideradas por representantes de escola.

O caso de Nathaniel causou uma grande repercussão e uma série de comentários tanto a favor quanto contra sua atitude de orar pelos estudantes. Sanaa Hersi, cuja família é muçulmana, é mãe de uma das crianças que eram levadas para a escola pelo motorista e disse ao StarTribune que orações cristãs “iriam confundir as crianças”, porque em sua família elas são ensinadas “a orar no caminho do Islã”.

Já Nikki Williams, cujos três filhos eram levados para a escola primária pelo motorista, afirma que a oração não o incomodava em nada, e que “se alguém está orando, as pessoas podem se incluir na oração dele ou não… os que não gostam disso podem simplesmente ignorá-lo”.

Após sua demissão, Nathaniel permanece firme em sua posição, e afirma que os cristãos não devem “se esconder no armário”. Ele ressalta ainda que “se você tem alguma coisa boa, você vai compartilhá-la com alguém”.

[b]Fonte: Gospel+[/b]

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