Dois pastores da Igreja Universal do Reino de Deus foram denunciados e tiveram o pedido de prisão preventiva requerido, pelo Ministério Público do Estado, à 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Salvador, pelo assassinato do adolescente Lucas Vargas Terra, 14 anos, em março de 2001.

De acordo com a denúncia do promotor de Justiça Davi Gallo Barouh, os dois pastores, Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, são acusados de, juntamente com o já sentenciado pastor auxiliar Sílvio Galiza, cometerem o homicídio por motivação torpe, com emprego de fogo, impossibilidade de defesa da vítima e de, ainda, ocultarem o corpo.

Na avaliação de Barouh, os acusados “procederam de forma consciente e voluntária”, estando incursos no artigo 121, parágrafo 2º (homicídio qualificado), incisos I, III e IV, combinado com o artigo 211 (ocultação de cadáver) do Código Penal brasileiro.

Citação – Davi Gallo requer, ainda, à Justiça as citações dos dois pastores, para que respondam aos termos da ação penal e sejam condenados pelo crime. A denúncia teve por base os procedimentos investigatórios do extinto Centro de Apoio Operacional de Combate às Organizações Criminosas (Caococ), do MP baiano.

O crime aconteceu entre a noite de 21 de março de 2001 e a madrugada do dia seguinte. Aspirante a obreiro da Iurd, Lucas Terra morava no bairro de Santa Cruz, onde também ficava o templo que freqüentava. Ele foi visto pela última vez quando saía da igreja em companhia do pastor Sílvio Galiza. Horas depois, seus despojos foram encontrados num terreno baldio da Avenida Vasco da Gama, mas somente viriam a ser reconhecidos por familiares 12 dias depois. Morto por estrangulamento, o adolescente teve o corpo carbonizado.

Fonte: Aqui Salvador

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