Templo ortodoxo cristão foi alvo de atentado em 31 de dezembro; desde então, crentes foram alvo de ameaças.

Cristãos ortodoxos coptas do Egito celebraram nesta quinta-feira a véspera de seu Natal em meio a um forte esquema de segurança devido ao temor de novos atentados como o de 31 de dezembro, que matou 23 pessoas em Alexandria (norte do país).

Policiais armados foram destacados para proteger as igrejas onde os coptas se reúnem para marcar a data.

Enquanto isso, houve apelos para que muçulmanos façam vigília diante das igrejas coptas – que congregam a maioria dos cristãos egípcios -, como um gesto de solidariedade.

Mas alguns sites de radicais islâmicos falaram em novos ataques e publicaram online endereços de igrejas coptas no Egito e na Europa, com instruções de como atacá-las.

“Explodam as igrejas enquanto eles celebram o Natal ou em qualquer outro momento em que elas estejam cheias”, dizia um vídeo atribuído à rede extremista Al-Qaeda que circula na internet.

O correspondente da BBC no Cairo Jon Leyne diz que a desconfiança entre cristãos e muçulmanos tem crescido no Egito, reforçada pela deterioração econômica e pelo descrédito do sistema político.

Violência sectária

O atentado na igreja Al-Qiddisin, em Alexandria, foi o pior ato de violência sectária no Egito na última década e desencadeou protestos de cristãos, que acusam o governo de estimular a discriminação e de não fazer o suficiente para protegê-los.

Em resposta, autoridades aumentaram a segurança nos templos coptas no Egito e também em algumas cidades da Europa.

Ao mesmo tempo, nos últimos meses, os cristãos coptas têm sido acusados por muçulmanos de manterem pessoas convertidas ao Islamismo na igreja contra a sua vontade.

Em outubro, o grupo militante Estado Islâmico do Iraque, ligado à Al-Qaeda, ameaçou os coptas egípcios e exigiu que os supostos convertidos fossem libertados.

Estima-se que os coptas representem entre 7% e 14% da população egípcia.

[b]Fonte: Estadão[/b]

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