Bandeira da Nigéria
Bandeira da Nigéria

Mais de 1.750 cristãos e outros não-muçulmanos foram mortos por terroristas islâmicos na Nigéria desde janeiro de 2018, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (2) pela Sociedade Internacional pelas Liberdades Civis e Estado de Direito (Intersociety).

Além disso, nos últimos três anos, mais de 8.800 cristãos foram alvejados e mortos na por forças de segurança nigerianas, muçulmanos radicais xiitas, pastores da etnia fulani e militantes do Boko Haram.

Em meio ao massacre classificado como “genocídio” por líderes cristãos da Nigéria, mais de 6 mil pessoas foram mortas por pastores fulani desde janeiro, a maioria mulheres, crianças e idosos.

“O que está acontecendo no estado de Plateau e outros estados na Nigéria é puro genocídio e deve ser interrompido imediatamente”, declarou em nota a Associação Cristã da Nigéria.

A Associação ainda pediu à comunidade internacional, bem como às Nações Unidas, para intervirem nos ataques Fulani, temendo que eles possam se espalhar para outros países.
“Estamos preocupados com a insegurança generalizada no país, onde ataques e assassinatos arbitrários de pastores, bandidos e terroristas fulani armados vêm acontecendo diariamente em nossas comunidades, apesar dos grandes investimentos nas agências de segurança”, afirma a instituição.

Movidos pela jihad

O terrorismo promovido pelo Boko Haram e pastores fulani são alimentados pelo radicalismo islâmico no norte da Nigéria. Embora a violência da etnia fulani seja justificada pelos conflitos entre terras agrícolas que sobrevivem através do pastoreio, os dados indicam que outra realidade.

Entre 2004 e 2010, líderes fulani foram militarizados e transformados em jihadistas por radicais islâmicos, a fim de promover a islamização de toda a Nigéria nas próximas décadas. A informação foi confirmada recentemente pelo Fórum Nacional de Anciãos Cristãos, que revelou que “cristãos podem ser extintos da Nigéria até 2043”.

Corpos de nigerianos foram colocados em uma vala, no norte da Nigéria. (Foto: Reuters/Akintunde Akinleye)

Os padrões dos ataques provocados por jihadistas do Boko Haram e Fulani mostram claramente que os cristãos são seus principais alvos de assassinato. Mais de 95% das vítimas e propriedades destruídas pelo Boko Haram entre 2009 e 2014 foram cristãs.

Mais de 13 mil igrejas e 1.500 escolas cristãs foram destruídas ou queimadas, mais de 11.500 cristãos foram mortos e mais de 1,3 milhão de cristãos foram forçados a fugir de suas casas para escapar da morte, de acordo com a organização Portas Abertas. Com informações de Guia-me e The Christian Post

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