Para o cardeal d. Geraldo Majella Agnelo, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, a divulgação de notícias sobre as denúncias de abuso sexual de menores cometidos por membros do clero católico em todo o mundo – “uma verdadeira chaga”, como define – faz parte de “uma campanha para desacreditar a Igreja”. Ele também diz que os escândalos não atingem nem 1% dos padres.

“Estamos sendo cobrados como se só nós tivéssemos esse pecado”, afirma o cardeal. “Sabemos que esses casos não chegam a 1% dos 400 mil sacerdotes que existem no mundo. É uma abrangência baixa, pois dentro da própria família isso aumenta para mais de 10%. Outras categorias têm muito mais”, diz ele, sem citar fontes ou acrescentar detalhes.

“A Igreja não está querendo a absolvição de todos os réus”, continua. “Aqueles que forem acusados devem ser submetidos a julgamento. O Direito Canônico prevê punições e existem tribunais eclesiásticos para verificar se a acusação é procedente.”

Apoio a Bento 16

No domingo, mais de 150 mil católicos italianos se reuniram na Praça de São Pedro, no Vaticano, convocados pela Conferência Episcopal Italiana (CEI), para manifestar seu apoio ao Papa Bento 16.

“Hoje vocês demonstraram o grande afeto e a profunda aproximação da Igreja e do povo italiano com o Papa e seus sacerdotes. O verdadeiro inimigo que é preciso temer e contra o qual é preciso lutar é o pecado, o mal espiritual, que às vezes, infelizmente, contamina também os membros da Igreja”, lamentou, em alusão aos casos de abusos sexuais por parte de religiosos.

Nas faixas exibidas pelos fieis havia frases como “não tenha medo, Jesus venceu o mal” e “É na comunhão da Igreja que encontramos Jesus”, pronunciadas por Bento 16, além de slogans de solidariedade para com o Papa como “Juntos com o Papa” e “Santidade, não estás sozinhos, toda a Igreja está contigo”.

Fonte: Último Segundo

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