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Crivella atribui vitória de Paes ao eleitor mais pobre no Rio

O senador e bispo da Igreja Universal, Marcelo Crivella (PRB-RJ), candidato derrotado no primeiro turno da eleição municipal no Rio de Janeiro, atribuiu neste domingo a vitória de Eduardo Paes (PMDB), no segundo turno, aos votos que recebeu nas áreas mais pobres da cidade.

Para Crivella, houve uma divisão clara entre a zona sul “que se mobilizou pelo candidato Fernando Gabeira [PV]” e as zonas suburbanas e oeste.

“Pela primeira vez eu vi a zona sul mobilizada. A zona sul colocou a camisa do Gabeira. Acho que houve uma divisão clara de projetos objetivos e de políticas que serão implementadas agora no governo”, afirmou Crivella ao chegar ao comitê central de Paes, onde está sendo comemorada a vitória do peemedebista.

Crivella, que apoiou Paes no segundo turno, disse que o PRB está pronto para participar do futuro governo. “Se convidar, estaremos aí para ajudar. A participação do meu partido ficará a critério do prefeito”, disse.

Ele afirmou que espera que Paes seja aliado do governo federal e que seja grato àqueles que o elegeram, ou seja, “a zona oeste e zona suburbana”. “Tem que mirar para todos, sobretudo para o povo mais pobre”, disse.

Fonte: Folha Online

Prefeito reeleito de São Paulo aceita Jesus durante culto

Na guerra eleitoral, as estratégias para captação de votos dos candidatos não encontram barreiras. Nem religião vira tabu quando o assunto é cooptar mais eleitores. O prefeito de São Paulo reeleito neste domingo, Gilberto Kassab (DEM), participou de culto na Igreja Evangélica da Comunhão Plena, onde aceitou Jesus.

O culto aconteceu no dia 20 de setembro passado, mas seus assessores garantiram nesta sexta-feira (24), antes da eleição, que ele ainda é católico e que o gesto – típica confissão de fé para os protestantes – não significou uma conversão.

Na ocasião, Kassab aceitou Jesus como seu senhor e salvador e decidiu entregar sua vida a Deus. Recebeu as bênçãos do apóstolo Sérgio Lopes e de mais de 5 mil fiéis presentes ao evento na Barra Funda, distrito da região oeste de São Paulo. A “conversão” foi gravada em vídeo.

Kassab atendeu ao pedido do pastor e o acompanhou em uma oração: “A partir de hoje, diante do teu altar, eu o consagro minha vida, meus sonhos, minha carreira política e a minha reeleição para prefeito e, em nome de Jesus, se o senhor me conceder essa oportunidade de voltar a ser o prefeito de São Paulo, quero fazer um voto contigo hoje. Vou fazer um culto de ação de graças para louvor e honra a partir de agora para meu senhor e salvador Jesus Cristo, amém”, orou o prefeito, diante do rebanho

A assessoria de Kassab na prefeitura afirma que ele não se converteu à nova religião e que mantém sua fé católica. Já segundo os assessores da campanha à reeleição, é natural que o candidato participe de cultos de credos diversos durante o período eleitoral, e que o prefeito apenas atendeu a um convite da Igreja ao comparecer ao evento.

Os auxiliares dizem que, apesar de Kassab ter afirmado que aceitou Jesus durante o culto, isso não altera sua fé na Igreja Católica. “Claro que ele aceita Jesus, mas ele não mudou de religião”, afirmou um dos assessores do prefeito.

Dever do povo de Deus

A pastora Viviane Nascimento, do setor de comunicação da Igreja Comunhão Plena, conta que foi a assessoria de Kassab que procurou a Igreja a fim de promover o encontro do prefeito com os fiéis. Ela defende que é um dever do “povo de Deus” receber e abençoar as autoridades.

Mas Viviane relativiza a conversão do candidato. Ela alega que aceitar Jesus publicamente não configura necessariamente que o prefeito tenha se convertido. A pastora explica que a conversão é uma mudança interior, e que é preciso acompanhar os passos seguintes à aceitação de Jesus para saber se a pessoa realmente passou a seguir a fé em questão.

“Só o prefeito pode dizer se aceita Jesus em seu coração. É uma pergunta que deve ser feita a ele”, aponta. Viviane não crê que Kassab possa ter usado sua participação entre os mais de 5 mil fiéis com fins políticos. “Não foi campanha política, ele teve a oportunidade de ter a experiência com Deus e declarar isso diante do público”, assegura.

O momento exato da conversão nas igrejas neo-pentecostais varia conforme orientações próprias a cada igreja. Para o pastor Alexandre Florêncio Junior, um dos secretários da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, dizer que está aceitando Jesus caracteriza, sim, a conversão. Porém, para ele, só Kassab pode responder se verdadeiramente converteu-se.

Numa cena do vídeo, o prefeito responde “sim” à pergunta se ele aceita Jesus em seu coração. Nesse caso, pastor Alexandre é enfático: “Sim, isso faz dele um evangélico”.

Para assistir o vídeo [url=://www.youtube.com/v/jRehgfaQzNs&hl=pt-br&fs=1]clique aqui[/url]

Fonte: JC Online e Congresso em Foco

Evangélicos se articulam para dominar Legislativo

Estratégia das igrejas evangélicas tenta recuperar sua bancada no Parlamento, fortemente abalada pelo escândalo dos sanguessugas – o esquema de fraudes em licitações na área da saúde desbaratado pela Polícia Federal, que culminou na prisão de parlamentares ligados à igreja evangélica.

Coordenador político da Confederação Nacional dos Evangélicos, o pastor Ronaldo Fonseca mostra, com orgulho, o estatuto do partido que pretende criar como representação política da Assembléia de Deus. Seu alvo é o Legislativo.

Fonseca adota uma linha de pensamento que coincide em muito com a exposta pelo bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), em seu último livro Plano de poder: Deus, os cristãos e a política – oportunamente lançado a poucas semanas do primeiro turno de votações das eleições municipais.

– A potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores pode decidir qualquer pleito eletivo – prega o bispo Macedo.

A semelhança de idéias deixa clara a estratégia das diferentes denominações de igrejas evangélicas para recuperar sua bancada no Parlamento, fortemente abalada pelo escândalo dos sanguessugas – o esquema de fraudes em licitações na área da saúde desbaratado pela Polícia Federal, que culminou na prisão do ex-deputado Bispo Rodrigues, outrora responsável pela coordenação política da Iurd, mais uma série de parlamentares ligados à igreja. Na avaliação de estudiosos, o Parlamento é, para os evangélicos, uma fase necessária para cacifar sua bancada em direção a governos estaduais e, eventualmente, à Presidência da República.

Boa organização

Mesmo depois da punição pelas urnas em 2006, a bancada evangélica é avaliada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar como um dos grupos suprapartidários mais organizados do Congresso. Estão representadas no Parlamento a Universal, a Igreja do Evangelho Quadrangular, a Assembléia de Deus, a Sara Nossa Terra e a Igreja Batista.

Têm presença forte nas comissões permanentes da Câmara, sobretudo na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que cuida, entre outros assuntos, das concessões para emissoras de rádio e televisão, assunto caro para a Iurd, que escolhe entre seus candidatos radialistas e donos de concessões de meios de comunicação.

– Para eleger seus candidatos, toda a estrutura da igreja é acionada, sobretudo no caso da Iurd – explica o antropólogo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista em religiões Ari Pedro Oro. Para ele, o desempenho do PRB, legenda com maior percentual de evangélicos no Congresso, é prova do poder do “carisma institucional” da Universal nas urnas.

Política no púlpito

– A Iurd inaugurou uma forma de fazer política que vem sendo copiada pelas demais denominações evangélicas e, mais recentemente, até mesmo pela Igreja Católica. Faz-se política no púlpito, prega-se a fidelidade e o voto no candidato escolhido pela cúpula da Universal. As outras igrejas a condenam, mas a imitam.

A Universal nega qualquer interferência na eleição de membros de sua comunidade. Por meio da assessoria de imprensa, a Iurd afirma que “não faz campanha política e tão pouco possui candidato”.

“Membros ou freqüentadores que ingressam na carreira política o fazem por si só e assim, não sofrem nenhum tipo de influência da igreja em suas decisões” afirmou o presidente da área de Relações Institucionais da Iurd, Jerônimo Alves, por meio de nota.

De acordo com o pastor Ronaldo Fonseca, contudo, é para escapar da influência do que chama de “máquina eleitoral” da Iurd que a Assembléia de Deus pretende percorrer caminho próprio na política ao apoiar a legenda ainda em gestação, o Partido Republicano Cristão (PRC). Na avaliação do pastor, futuro presidente do partido, será possível aproveitar uma brecha da legislação eleitoral que permite políticos migrarem para siglas recém-criadas sem sofrerem punição.

– Neste cenário, será possível contar, já de início, com um corpo de 920 vereadores, nove deputados federais e 27 estaduais – acredita Fonseca. – É o suficiente para chegar em 2010 com uma máquina forte e competitiva, e com uma representação à altura da Assembléia de Deus.

Sem artifícios

Fonseca afirma que não usará os mesmos “artifícios” que, de acordo com ele, seriam adotados pela Iurd para eleger seus parlamentares – a campanha nos púlpitos, na porta das igrejas, a escolha dos candidatos de cima para baixo, pela cúpula dos bispos e imposta aos fiéis.

– A escolha de pessoas despreparadas acabou penalizando não só a Iurd como toda a comunidade evangélica – diz. – Foi esse o caso do Bispo Rodrigues. Vamos apostar em lideranças políticas autênticas, que emergem da comunidade por seus valores e seu talento, em vez de selecionar simplesmente entre quem tem mais influência entre o eleitorado.

Fonte: JB Online

Mãe de Eloá está na casa de amiga da igreja e vive à base de remédios

Ana Cristina Pimentel da Silva, de 42 anos, não consegue tirar da cabeça a cena da filha Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, pedindo calma na janela do apartamento onde foi mantida refém por mais de 100 horas em Santo André, no ABC.

Uma semana após o seqüestro que terminou na morte de sua filha, Ana Cristina está abrigada na casa de uma “irmã” da igreja evangélica Congregação Cristã, em Santo André.

– Estou vivendo à base de remédios. Estou tão nervosa… Não consigo dormir nem comer – disse Ana Cristina, nesta sexta-feira.

O promotor Antônio Nobre, acredita que o jovem irá a júri popular em um ano, no máximo. O seqüestro durou 100 horas no apartamento da família, em Santo André.

A mãe de Eloá disse que não pode entrar em seu apartamento, que está preservado para a reconstituição do crime. Ana Cristina está, portanto, sem seus documentos e usa roupas emprestadas pela amiga da igreja.

– Estou sem dinheiro, sem minhas roupas e sem calçado. Preciso de ajuda – suplicou a mãe de Eloá.

Nesta sexta, ela foi atendida por uma psiquiatra. Ana Cristina contou que está tomando calmantes e antidepressivos. Ela não sabe quando volta para a creche onde trabalha como lactarista (profissional que prepara e distribui alimentos).

– Penso na Eloá o tempo todo. Lembro da hora que ela ficou na janela e disse: ‘Calma, mãe, calma!’ Pensei que fosse abraçá-la quando tudo aquilo acabasse – lamentou.

Como se não bastasse a dor de perder a filha, ela também precisa lidar com a situação do marido, que está escondido da polícia. Ao aparecer na TV durante a negociação do seqüestro, o pai de Eloá, Everaldo Pereira dos Santos, foi identificado em Alagoas como um foragido acusado de participar de um grupo de extermínio em 1991. Ana Cristina disse que não tem se comunicado com Everaldo.

– Não sei do meu marido, estou preocupada com ele. Isso está nas mãos do advogado (Ademar Gomes, que defende Everaldo). Que a Justiça seja feita pelo Senhor – rogou a mãe de Eloá.

A polícia de Alagoas investiga a ligação do pai de Eloá Pimentel com Lindemberg Alves. O pai de Eloá também foi indiciado por falsidade ideológica, uso de documento falso e porte ilegal de arma no processo que apura o crime. Ele adotou um nome falso em Santo André e guardava uma espingarda em casa.

Mesmo sem dormir e sob efeito de remédios, Ana Cristina se esforça para ajudar na limpeza da casa da amiga que a acolheu junto com seus outros dois filhos.

– A gente não quer ficar na casa dos outros sem ajudar – afirmou.

Ao olhar para duas semanas atrás, ela tem uma certeza:

– Eu tinha uma vida maravilhosa – disse.

Todos os dias, são deixadas flores para a menina, além de cartas, com pedidos para que sua alma descanse em paz e outras falando de amor verdadeiro. Segundo funcionários do cemitério, algumas pessoas se comovem e choram sob o túmulo, que estava sendo arrumado nesta sexta-feira. A cova ainda será concretada. Depois, será coberta por grama e irá receber a lápide. Outros, porém, até registram, com fotos, sua passagem pelo cemitério que ganhou ares de ponto turístico.

Fonte: O Globo

Câmara de Ribeirão Preto terá pela 1º vez uma mulher evangélica

A presença feminina na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, continua com uma representatividade de pouca expressão.

Na eleição de 5 de outubro, que elegeu a primeira mulher que irá governar a cidade, apenas duas mulheres foram eleitas na Câmara, as duas do PSDB, Silvana Resende e Gláucia Berenice.

Para a tucana Silvana Resende este será o terceiro mandato. Já a assistente social, Gláucia Berenice, é estreante no Legislativo.

Para ela a escolha do seu nome foi o reconhecimento daqueles que acompanham o trabalho por ela desenvolvido há anos, “Foi à constatação do meu ministério, da experiência que tenho acumulada ao longo dos anos, através do trabalho social que realizo”. Gláucia é responsável pela casa Missão HIVida, que assiste adultos portadores do vírus HIV, de ambos os sexos, carentes, marginalizados pela sociedade e pela família.

A nova vereadora, que faz parte da nova bancada evangélica – os outros são: Cícero Gomes da Silva, Samuel Zanferdini e o pastor Saulo Rodrigues –, confessou que esperava mais mulheres na Câmara, mas que isso é uma questão de cultura, “O pensamento é que a mulher pode fazer, mas não pode decidir. Eu creio que a mulher tem uma responsabilidade mais apurada e melhor habilidade em administrar”.

Como a primeira mulher evangélica na Câmara Municipal, Gláucia afirmou que a responsabilidade aumenta e que pretende trabalhar por toda à comunidade de Ribeirão Preto.

Pois, ainda que a igreja tenha dado amplo apoio à sua candidatura, ela não foi eleita por um segmento, mas pela cidade, “Meu presbitério nunca apoiaria uma candidatura que fosse voltada para sua coletividade, nem a minha experiência de 22 anos de trabalho por Ribeirão, se prestaria a trabalhar por um segmento, ser evangélica é a essência, mas vou trabalhar em beneficio da cidade que me elegeu”.

Outra dificuldade que a tucana vai encontrar é a questão partidária, o PSDB, partido que ela pertence já se manifestou como ferrenho opositor do próximo governo.

Os outros vereadores evangélicos são da base de apoio à prefeita Darcy Vera, “Eu espero que essa questão fique em segundo plano, pois, fomos todos eleitos para trabalhar pela coletividade, portanto, diante da necessidade maior, espero que outros fins não sejam maiores que os que nos agregam e que não obstruam os nossos valores cristãos. Vamos conversar sobre projetos comuns e apoiar”.

Fonte: Jornal A Hora

Papa afasta bispo por adotar mulher que se diz vidente na Índia

O papa Bento XVI afastou do cargo o bispo de Cochin, na Índia, John Thattumkal, por ter adotado uma mulher que diz ser vidente e que já foi tomada por filha por um prelado ortodoxo também suspenso por seus superiores, informaram fontes vaticanas.

A Congregação para a Evangelização dos Povos, por sua vez, pediu ao prelado que deixe a diocese, especificaram as fontes.

De acordo com as fontes vaticanas, a imprensa italiana e indiana, Thattumkal, de 58 anos, adotou recentemente a jovem Sony Joseph, de 26 anos, à quem conheceu durante uma visita à Terra Santa.

Embora, segundo imprensa indiana, a adoção não tenha validade, já que as leis do país impedem que maiores de 18 anos sejam tomados como filhos, a decisão do bispo caiu mal na diocese e vários sacerdotes exigiram a saída do prelado.

Segundo a agência italiana “Agi”, a jovem foi antes adotada pelo sacerdote ortodoxo C.K. Joseph, que contou que a mulher tem visões enquanto reza e revelou ao bispo Thattumkal um caso de corrupção no qual estavam envolvidos bispos de sua diocese.

O bispo Daniel Acharuparambil, da diocese de Verapoly e presidente da Conferência Episcopal do Estado de Kerala, foi nomeado administrador da diocese de Cochin e encarregado de nomear uma comissão que esclareça o caso.

Fonte: EFE

Mulher-bomba diz que sonha em se tornar “mártir”

Grupos militantes na Faixa de Gaza estão se armando e se preparando para uma possível retomada da violência, segundo evidências obtidas pela BBC.

programa de treinamento para homens e mulheres-bomba que está sendo oferecido pela organização militante Jihad Islâmico.

Wood conversou com uma palestina de 18 anos que atende pelo pseudônimo de Oum Anas. Ela está recebendo treinamento em um lugar secreto no norte da Faixa de Gaza.

O correspondente viu oficiais do Jihad Islâmico amarrarem uma faixa de mártir islâmica na cabeça de Anas e posicionarem um cinto com explosivos em uma mesa, ao lado de dois fuzis kalashnikov e da bandeira preta do grupo.

Segundo o correspondente, Anas, recém-casada, falou com firmeza e clareza a respeito da decisão de se tornar uma mulher-bomba – ou mártir, termo usado pelos militantes.

“Decidi me tornar uma mártir porque esse é o sonho de todo menino e menina palestino vivendo nessa situação”, disse Anas. “Tomei minha decisão há um ano”.

“Nós vemos a forma como os palestinos vivem, vemos o que a ocupação (por Israel) está fazendo conosco. Eles matam nossas crianças, nossas mulheres idosas, eles jogam bombas em nossas mesquitas mesmo quando estamos dentro, rezando”, prosseguiu.

“É por isso que nos tornamos mártires, para defender nosso país”.

O correspondente sugeriu que há outras formas de combater os israelenses e perguntou por que Anas havia escolhido aquela em particular.

“Tenho certeza de que este é o único caminho e é o caminho que amamos. Fomos criados para nos tornar mártires de Deus”, explicou. “Todos os palestinos foram criados para lutar em nome de Deus”.

“Claro que se apenas atirarmos pedras nos judeus eles vão ficar com medo, mas imagine o que acontece quando os pedaços de corpos voarem sobre eles”.

Wood comentou que Anas havia se casado há pouco tem

po e perguntou o que seu marido pensava de sua decisão de se tornar uma mulher-bomba.

“Quando meu marido se casou comigo ele sabia do meu modo de pensar. Ele sabe exatamente quem eu sou e dicidiu se casar comigo baseado nisso. O casamento não representa um obstáculo de maneira alguma”.

“Isto (a minha decisão) é uma inspiração que vem de Deus e você está certo do que está fazendo, escolheu seu caminho e não se arrepende”.

Ao ser indagada sobre o que seus pais e irmãos pensam de sua decisão, Anas explicou que a família não sabe.

“Mártires, homens ou mulheres, tem de trabalhar em segredo, ninguém pode saber. Você tem de tomar muito cuidado para não dar nenhum sinal do que está prestes a fazer.

“Às vezes eles sentem ou vêem os sinais do martírio no seu rosto, sentem que há algo diferente mas não sabem ao certo”.

O correspondente da BBC perguntou se Anas mudaria de idéia caso ficasse grávida.

“Eu teria o bebê, o criaria por algum tempo e depois o entregaria aos meus sogros para que eles tomassem conta dele. O bebê ficaria, como um pedaço de mim”.

Quanto ao tipo de alvo que estaria preparada para atingir, Anas não faz distinções entre civis e militares, mulheres e crianças.

“(Eu mataria) soldados israelenses e civis também, porque ambos tomaram nossa terra”, disse.

“Crianças são civis mas crescem e se tornam soldados. São todos iguais, todos foram educados para nos odiar”.

“Eles precisam saber que a Palestina é apenas para os palestinos”.

“A idéia (de que minha morte é iminente) está sempre na minha mente. Tomo cuidado a cada passo que dou porque sei que vou me sacrificar”, disse Anas. “Tento não cometer erros para que possa estar pronta para o martírio”.

Para o correspondente da BBC, a motivação por trás da decisão de Anas é religiosa e não nacionalista.

Durante muito tempo, a lei islâmica proibia que mulheres fossem usadas em operações militares, mas a lei foi alterada por clérigos islâmicos em Gaza há alguns anos.

Fonte: BBC Brasil

Cristãos e muçulmanos unem-se contra exclusão de religião do espaço público

Cristãos e muçulmanos uniram-se contra a exclusão da religião do espaço público, alegando que há, nalguns países, proibição de qualquer tipo de manifestação pública da fé, noticiou sexta-feira a agência católica Ecclesia.

A posição foi assumida no comunicado final do encontro “Ser cidadão da Europa e Pessoa de Fé”, que decorreu na cidade belga de Malines, numa organização do Comité para as Relações com os Muçulmanos na Europa das Conferências de Bispos Europeus e pelo Conselho das Igrejas Européias.

Segundo os participantes do encontro, nalguns Estados “detecta-se um processo que leva a relegar a religião cada vez mais para esfera privada”, conduzindo nomeadamente à marginalização do espaço público, à erradicação de qualquer tipo de manifestação pública da fé.

“Como cristãos e muçulmanos afirmamos que somos cidadãos `e` crentes, não cidadãos `ou` crentes. Estamos chamados a trabalhar lado a lado, de forma adequada, com os Estados aos quais pertencemos sem subordinar-nos a eles”, refere o comunicado citado pela Ecclesia.

Cristãos e muçulmanos defendem o princípio de integração, que, dizem, “nunca deveria envolver a renúncia” às suas “identidades religiosas, como mostrar símbolos religiosos em lugares públicos ou anular as festividades religiosas sob o pretexto de que poderiam ferir a sensibilidade de outros crentes”.

Por outro lado, invocam a importância do direito à liberdade de consciência, de mudar ou abandonar a própria religião, de mostrar e defender em público as próprias convicções religiosas sem serem ridicularizados ou intimidados por preconceitos ou estereótipos.

Fonte: Lusa

Vaticano divulga as 55 propostas aprovadas no Sínodo

Por desejo do papa Bento XVI, o Vaticano publicou neste sábado as 55 propostas aprovadas no Sínodo que terminou hoje, nas quais se ressalta a escolha da Igreja pelos pobres, o reconhecimento do papel da mulher no anúncio da Palavra e a potencialização do diálogo com judeus e muçulmanos.

As propostas foram apresentadas pelo cardeal de Québec (Canadá), Marc Ouellet, relator do Sínodo, e pelo bispo de Petrópolis (Rio de Janeiro), Filippo Santoro, que destacou a importância dos pobres para a Igreja da América Latina.

Santoro disse que os pobres não são apenas os destinatários da caridade, “mas também agentes de evangelização, pois estão abertos a Deus e desejosos de compartilhar com os outros”.

O religioso ressaltou ainda que os pastores estão convidados “a escutar e a aprender com ele, a guiá-los na fé e a motivá-los para que sejam artífices de sua própria história”.

As propostas estimulam a melhoria das homilias, expressa a preocupação com seitas e defende que a Bíblia seja traduzida para todas as línguas, bem como que cada cristão tenha a sua e que ela seja divulgada através de todos os meios de comunicação existentes.

Pela segunda vez, Bento XVI permitiu que fossem conhecidas as propostas com as quais se concluem as assembléias do Sínodo e que são transferidas ao papa para que, com elas, prepare a Exortação Apostólica – documento com o qual um Sínodo é oficialmente encerrado.

Até agora, tais propostas eram mantidas em segredo para permitir que o pontífice tivesse liberdade de ação, mas nos dois sínodos realizados durante seu Pontificado, Bento XVI preferiu revelá-las.

Nas sugestões aprovadas hoje pelos 253 bispos que participaram da 12ª Assembléia, que teve como lema “A palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”, os prelados disseram que os ensinamentos divinos vão além da Sagrada Escritura, embora esta a inclua.

Além disso, ressaltaram que o conhecimento do Antigo Testamento é indispensável para quem crê no Evangelho de Jesus Cristo.

Os bispos destacaram a preferência de Deus pelos pobres, afirmando que os primeiros que têm direito a conhecer o Evangelho são eles, pois são “necessitados não só de pão, mas também de palavras de vida”.

Sobre o diálogo inter-religioso, os bispos expressaram a necessidade de incentivá-lo, ao mesmo tempo em que insistiram na importância de que seja assegurada a todos os crentes a liberdade de professar a própria religião, em particular e em público, e que o direito de consciência seja reconhecido.

Os prelados sugeriram que as conferências episcopais promovam encontros de diálogo com judeus e muçulmanos.

Sobre as conversas com os muçulmanos, o Sínodo insistiu na necessidade do “respeito à vida, aos direitos do homem e da mulher, da distinção entre a ordem política e a ordem religiosa na promoção da justiça e da paz no mundo”.

“Tema importante nesse diálogo será a reciprocidade e a liberdade de consciência e de religiões”, disseram os bispos.

O cardeal Ouellet afirmou que o futuro da humanidade, da paz e da justiça depende do entendimento entre pessoas de religiões diferentes.

Sobre as seitas, os bispos expressaram uma “profunda preocupação” com o crescimento e a “mutação” dessas, que “oferecem uma ilusória felicidade através da Bíblia, muitas vezes interpretada de maneira fundamentalista”.

Para resistir a elas, propuseram intensificar a atividade pastoral, ajudar os fiéis a distinguirem a Palavra de Deus das revelações privadas (supostas aparições) e a conhecer “melhor as características peculiares, as causas e os promotores das seitas”, entre outras coisas.

A respeito da Palavra de Deus e da Liturgia, os bispos propuseram que a Bíblia ocupe um papel de destaque nas igrejas, que o silêncio após a primeira e segunda leitura e ao final da homilia seja potencializado e que a palavra de Deus seja proclamada de maneira clara.

Sobre a homilia – um dos temas mais tratados no Sínodo -, insistiram em que deve ser preparada profundamente, levando em conta o que dizem as leituras proclamadas, o que relatam pessoalmente ao sacerdote e o que ele deve dizer à comunidade considerando o momento.

Além disso, Oullet garantiu que as homilias negativas fazem com que os fiéis procurem outras religiões.

Os bispos reconheceram o papel da mulher no Ministério da Palavra e como transmissora da fé, assim como nas celebrações da Palavra de Deus, embora tenham dito que é preciso evitar que essas celebrações se confundam com a Liturgia Eucarística.

Os padres do Sínodo propuseram que todos os fiéis, inclusive os jovens, sejam estimulados a se aproximarem da Bíblia através da Lectio divina – leitura meditada das Sagradas Escrituras.

Os prelados ressaltaram que a Bíblia exige uma análise histórica e literária que é feita através da exegese bíblica e que também tem de ser interpretada com a ajuda do Espírito Santo, por isso é necessária e estreita relação entre exegese e teologia.

O Sínodo será concluído neste domingo por Bento XVI.

Fonte: EFE

Igreja Ortodoxa russa investe no cinema

“A Igreja ortodoxa russa está investindo no cinema”: a “Enciclopédia Ortodoxa”, produtora sob monitoração do Patriarcado de Moscou, está preparando dois filmes que, em breve, serão projetados nas salas de cinema do país.

“A missão de Pskov”, sob a regia de Vladimir Khotinenko, narra a história da missão ortodoxa, criada em 1941, pelo metropolita Serghei Voskresenski, na região báltica, na época ocupada pelos nazistas, cujo centro era precisamente Pskov, cidade russa nos confins com a Estônia.

Sobre o segundo filme foi publicado apenas o título: “A vida de Aleksej I, o metropolita de Moscou do século XIV, venerado pelos padres fundadores da Igreja russa e santo protetor do atual Patriarca Aleksej II.

Fonte: Rádio Vaticano

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