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Três homens são presos acusados de roubar igreja

Três homens foram presos em flagrante por policiais militares 20º BPM (Mesquita), na Estrada de Madureira, após assaltarem uma filial da Igreja Universal do Reino de Deus em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

Segundo os PMs, os acusados estavam dentro de um Gol e portavam uma pistola e uma quantia em dinheiro.

De acordo com a polícia, Wilson dos Santos Gomes, de 26 anos, Wesley Domingos Braz, de 28, e Rodrigo Miranda Kelly, de 19 anos, seriam ex-pastores da mesma igreja. Como conheciam a rotina da entidade, eles renderam o atual pastor, que se preparava para enviar o malote de dízimos à Catedral da Fé, sede da Universal, em Del Castilho, na Zona Norte. Após roubarem o dinheiro, o trio fugiu no veículo.

Sem perceberem, no entanto, os bandidos foram seguidos por um policial à paisana, que assistiu à ação. Os PMs do 20º BPM foram acionados e interceptaram os ex-pastores na Estrada de Madureira, em Nova Iguaçu. Nenhum dos ex-evangélicos tem passagens pela polícia.

Os presos, a arma, o malote e o automóvel foram encaminhados à 35ª DP (Campo Grande), onde o caso foi registrado. Lá, um novo problema. A vítima, que não teve seu nome revelado, disse que os dízimos totalizavam R$ 31 mil. Os policiais, no entanto, afirmam terem apreendido somente R$ 8 mil. Os PMs serão ouvidos ainda hoje pelo delegado de plantão.

Fonte: O Globo

Kaká comemora retorno e sela paz com Dunga

Recuperado de lesão, o meia Kaká, que é evangélico, retornou à Seleção na tarde deste domingo. Autor do primeiro gol da vitória por 4 a 0 diante da Venezuela, em San Cristóbal, ele comemorou sua volta ao time e selou a paz com o técnico Dunga.

“É muito bom voltar à Seleção, é sempre uma grande alegria voltar fazendo gol. Tive uma boa participação e a Seleção está de parabéns”, afirmou o jogador do Milan em entrevista à Rede Globo ainda no gramado.

Com o triunfo na Venezuela, o Brasil chega aos 16 pontos ganhos e empata com a Argentina na tabela de classificação das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2010. Com melhor saldo, a Seleção é a vice-líder, a quatro pontos dos paraguaios.

Pensando no futuro da equipe no torneio, Kaká valorizou a performance diante dos venezuelanos. “Se continuarmos jogando assim, vai ser difícil ganhar do Brasil”, previu o jogador.

Logo depois de marcar o primeiro gol do time brasileiro na partida, Kaká foi direto para o banco de reservas para selar a paz com o técnico Dunga, que chegou a criticá-lo por sua ausência na Copa América.

“Foi um abraço para acabar com qualquer conversa e ti-ti-ti entre nós”, afirmou o atleta. “Eu eu ele conversamos na Granja e o abraço foi para mostrar que está tudo em paz”, completou o meia.

Fonte: Terra

Procissão do Círio de Nazaré reúne 2 milhões em Belém

A procissão do Círio de Nazaré terminou por volta de 13h30 deste domingo, na Basílica de Nazaré, em Belém (PA), com poucas ocorrências policiais. Segundo a Polícia Militar, foram registrados apenas três casos de roubo e furto ao longo da procissão. A corporação estima em 2 milhões o total de pessoas que participaram do evento.

Os fiéis fizeram o percurso de 3,6 km entre a Catedral da Sé, no bairro da Cidade Velha (região central), até a praça Santuário de Nazaré, onde fica a Basílica. No trajeto, os participantes do Círio passaram pela tradicional feira de comércio popular Ver-o-Peso.

A PM montou um esquema especial para o evento, com 800 policiais, para garantir a segurança dos fiéis. Eram esperados ainda 76 mil turistas de outros Estados.

O Círio movimenta neste ano, no comércio, na indústria e em serviços, aproximadamente R$ 600 milhões, 10% a mais do que no ano passado. O orçamento da festa também foi recorde: R$ 1,7 milhão, 24% a mais do que em 2007.

Às 18h e às 19h30, duas missas serão realizadas em Belém em homenagem à Virgem. Também a partir das 19h30, ocorre na Concha Acústica da praça a primeira apresentação do Círio Musical, que apresentará músicos católicos nacionais entre a noite de hoje e o dia 26 de outubro. A primeira a se apresentar é Suely Façanha, da Comunidade Shalom.

História

A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal. A imagem original da pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361, tendo sido esculpida por São José.

No Pará, em 1700, às margens do Igarapé Murutucu (onde hoje se encontra a Basílica Santuário de Nazaré), o caboclo Plácido José de Souza encontrou uma pequena imagem da santa, que passou a ser reverenciada. Em 1792, foi autorizada pelo Vaticano a realização da primeira procissão oficial, em Belém, em homenagem à Virgem de Nazaré.

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré acontece em Belém desde o dia 8 de setembro de 1793, quando ainda era realizado nas tardes de quarta-feira. De lá pra cá, são mais de 200 anos de devoção e homenagens à padroeira dos paraenses.

Fonte: Folha Online

Missa leva 45 mil ao santuário de Aparecida

Cerca de 45 mil pessoas acompanharam ontem a missa solene em homenagem a Nossa Senhora celebrada no Santuário Nacional de Aparecida (167 km de São Paulo). A missa foi presidida pelo bispo de Crateús (CE), dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, que pediu à padroeira que “estenda o seu olhar sobre o Brasil”.

“Tem tantos brasileiros que não têm o necessário para comer, não têm moradia digna, não têm emprego, não têm educação satisfatória. São presas da violência que precisam de paz e de segurança”, declarou Sobrinho.

Até o meio-dia, cerca de 165 mil pessoas haviam passado pelo Santuário Nacional de Aparecida, de acordo com a assessoria de imprensa.

Dom Jacinto também lembrou o compromisso da Igreja Católica com a defesa da vida e contra métodos como o aborto e a eutanásia. O bispo de Crateús pediu a Nossa Senhora que perdoe os “atentados” contra a vida que, de acordo com ele, são resultados da “ganância e do fanatismo”.

Além das homenagens à padroeira do Brasil, o Dia das Crianças também foi lembrado durante a cerimônia, com a leitura de artigos do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Foi feito ainda um apelo pela recuperação e preservação do rio Paraíba do Sul, onde a imagem de Nossa Senhora foi encontrada, em 1717.

Fonte: Folha de São Paulo

“Dr Morte” publica na web instruções para eutanásia

O ativista australiano a favor do direito à eutanásia, Philip Nitschke, conhecido como “Doutor Morte”, publicou na Internet um livro com instruções sobre como suicidar-se sem dor, censurado na Austrália.

O “Manual Eletrônico sobre a Pílula Pacífica” é, segundo seu autor, uma compilação dos métodos mais seguros e pacíficos que podem ser utilizados para cometer um suicídio pacífico, informou a agência australiana AAP.

Foi publicado há 18 meses nos Estados Unidos, mas sua venda está proibida na Austrália, e está sendo divulgado de Londres pela internet para burlar as leis australianas.

Em janeiro, o ativista foi detido na Nova Zelândia por levar cópias de seu livro, também censurado ali.

Nitschke dirige a organização “Final Exit”, que divulga informação sobre a eutanásia e formas de suicídio assistido, e além disso distribui métodos para realizá-los, como bolsas para morrer por asfixia.

Fonte: EFE

ECLÉSIA: Nos Bastidores da Igreja Mundial do Poder de Deus

Como uma pequena denominação do interior paulista fundada por, Valdemiro Santiago (obreiro, evangelista, pastor e bispo na Igreja Universal do Reino de Deus durante 18 anos), se tornou o maior fenômeno cristão brasileiro da atualidade. Febre momentânea? Dificilmente. O que se vê na sede da Igreja Mundial do Poder de Deus parece ser o epicentro do mais novo fenômeno da Igreja Evangélica brasileira.

Ainda falta muito para as oito horas da manhã do domingo, 24 de agosto de 2008, mas a multidão que lota as imediações em direção às antes tranqüilas ruas Carneiro Leão, Visconde Parnaíba e Caetano Pinto, no bairro do Brás, região central da cidade de São Paulo, mostra que algo novo está acontecendo por ali. Entre os milhares, há grande expectativa e um único assunto: “O que Deus fará no culto de hoje?”. Quando a reunião começa, o que acontece durante as quatro horas seguintes deixa claro que a pergunta faz muito sentido. Entre testemunhos, cânticos e exposição da Palavra de Deus, o que se vê por todos os cantos do templo são pessoas chorando, agradecendo com as mãos levantadas e dizendo-se transformadas pelo poder de Cristo. Nesse ambiente, curas, exorcismos e milagres dão o tom à adoração.

De problemas familiares, como as constantes brigas entre os pais e o filho viciado em drogas, às mais letais doenças da atualidade – câncer e Aids entre elas – estar lá parece ser para os freqüentadores a resposta para qualquer coisa. Quem participa pela primeira vez – e não são poucos – já faz planos para voltar na semana seguinte ou até antes em alguma filial mais próxima de sua casa. Não à toa, o local ganhou o sugestivo nome de Templo dos Milagres. Exagero? Não. Febre momentânea? Dificilmente. O que se vê na sede da Igreja Mundial do Poder de Deus parece ser o epicentro do mais novo fenômeno da Igreja Evangélica brasileira. Mesmo durante a semana, mais de 15 mil pessoas costumam lotar cada uma das três reuniões diárias promovidas no local – uma antiga fábrica com 43 mil metros quadrados de área convertidos em um dos maiores templos brasileiros há dois anos. Não se trata de algo localizado. Coisa semelhante pode ser vista nas filiais da denominação. Em apenas 10 anos de existência e com o uso dos meios de comunicação de massa, especialmente a televisão, a Mundial já tem mais de 500 templos em quase todos os Estados brasileiros e está presente em outros países como Argentina, Colômbia e Uruguai, na América do Sul, Espanha e Portugal, na Europa, Moçambique, na África, e Japão, na Ásia. Segundo dados da própria denominação, somente no último ano cresceu mais de 200%, abrindo quase 20 novos templos por semana. Números que, diga-se de passagem, não estão fechados e podem ser ainda maiores, mas já a transformam na igreja que mais cresce no Brasil na atualidade.

“Não acredito que seja algo momentâneo ou passageiro. A Mundial é uma igreja neopentecostal que traz, sim, um componente novo”, explica o pastor e pesquisador Ricardo Bitun, professor de Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “A marca do avivamento no começo do século 20 foi o falar em línguas. Depois disso, tivemos a chamada ‘segunda onda’ nos anos 50, que enfatizou a cura divina. E, nos anos 70 e 80, houve a ênfase na libertação e prosperidade. Agora, esta igreja não somente reúne todos esses elementos, como dá uma renovada ênfase nas curas”, diz ele.

Os testemunhos ouvidos nas reuniões realmente impressionam. Somente nos dias em que a reportagem de ECLÉSIA esteve presente nos cultos, pessoas relataram terem sido curadas de graves seqüelas de derrames, leucemia e oito graus de miopia. Em geral, trazem fotos mostrando como estavam debilitados antes, exames antigos, nos quais aparecem as enfermidades e problemas, e outros novos, comprovando as curas. Tudo a pedido da própria igreja, que faz questão de documentar as curas. Para tanto, como outras denominações neopentecostais, a Mundial faz uso de objetos simbólicos como toalinhas, rosas e o copo de água em cima da televisão ou do rádio. Entretanto, faz questão de combater um dos maiores símbolos de uma de suas concorrentes: “Aqui não temos sal grosso. Isso usamos em casa, nos churrascos que fazemos”, costumam dizer alguns pastores.

Avivamento

Entender o espantoso crescimento obtido pela Igreja Mundial do Poder de Deus é impossível sem falar no homem pelo qual tudo começou há uma década, em Sorocaba, no interior paulista. Aos 45 anos, o mineiro Valdemiro Santiago de Oliveira não é somente apóstolo e líder da denominação, mas também sua cara. Com sua fala tranqüila e jeito popular, ele cativa o público. “Não sou um homem letrado. Mas dou graças a Deus, porque ele me escolheu e tem realizado grandes sinas e milagres por meu intermédio”, diz ele, que é pastor por formação, mas também um carismático locutor e apresentador. Sempre ao lado da esposa, a bispa Franciléia, e das filhas, a missionária Rachel e a cantora Juliana, Valdemiro traz um discurso tanto de humildade quanto de ênfase em relação a sua missão e chamados: “Costumo dizer que nós homens é que atrapalhamos o trabalhar de Deus. Por isso, tento me esforçar para atrapalhar o menos possível, pois sei que o Senhor deseja fazer coisas grandiosas nessa igreja. A Mundial é um avivamento levantado por ele”.

Antes de fundar a igreja, Valdemiro Santiago foi obreiro, evangelista, pastor e bispo durante 18 anos na Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Assim, começou sua caminhada na fé e passou a viver uma vida que classifica como “sobrenatural e cheia de livramentos”. Um dos episódios mais marcantes aconteceu ainda em 1996, quando liderava o trabalho em Moçambique, na África. “Naquele tempo, saíamos para pescar em alto mar. Ganhamos um barco e ajudávamos comunidades carentes. Mas nosso crescimento começou a causar ciúmes em líderes muçulmanos. Certa vez, quando já estávamos a mais de 20 quilômetros da costa, o barco começou a afundar. Fomos sabotados”, conta ele.

Dos quatro ocupantes da embarcação, apenas Valdemiro e outro pastor sobreviveram. O pastor foi resgatado por um pesqueiro que passava no local e viu o ministro em uma bóia de sinalização. Junto com um músico e um pastor, Valdemiro tentava chegar à costa nadando. “Tinha 153 quilos na época, era obeso. Eles eram atléticos. Por isso, desobedeceram minhas ordens e acharam que podiam me acompanhar. Mas decidi nadar pela fé e orientação do Espírito Santo. Logo, a forte correnteza nos separou e nunca mais os vi”. Ele nadou por mais de oito horas em meio a cardumes de tubarões brancos que se reproduzem na região e costumam estar famintos. Por fim, mesmo com os olhos sangrando por causa da alta salinidade da água, conseguiu avistar a praia. “Mas não tinha forças para me aproximar. Quem me carregou foram dois homens, que não deixaram rastros. Só podiam ser anjos”, acredita.

O incidente fez com que começasse a discordar das crenças defendidas por seus líderes da época. “Eles ensinam que os anjos existem, mas não podemos vê-los ou senti-los fisicamente. O que vivi me mostrouque isso não é realidade”. Nos meses que se seguiram, outras divergências teriam surgido. A tal ponto que, já de volta ao Brasil, ele diz ter decidido sair daquela denominação. “Nunca pensei em começar outra igreja, mas já não podia ficar em um lugar que não guardava mais a Palavra como tinha aprendido no começo de minha caminhada cristã”, diz o apóstolo, que até hoje não gosta de citar o nome da igreja, e prefere falar em “outro ministério” quando se refere a ela.

Segredo do sucesso

O começo da Igreja Mundial do Poder de Deus em nada lembra as grandes reuniões que agora se realizam em seus templos. Depois de uma semana de trabalho evangelístico, visitas e convites realizados por Valdemiro Santiago, sua família e alguns pastores que o acompanharam quando deixou as fileiras da Iurd, apenas 16 pessoas participaram da primeira reunião da nova denominação. Foi decepcionante para quem, segundo ele mesmo, estava “acostumado com multidões”, mas decisivo para moldar os rumos que fariam o sucesso da igreja. Entre outras coisas, o apóstolo aprendeu que era preciso estar entre o povo. Foi o que fez e continua a fazer ainda hoje, quando, ao término dos cultos, passa pelo meio dos presentes.

Junto com as curas que começavam a ocorrer em grande número e orações e vigílias em montes – uma antiga prática pentecostal que se tornou marca registrada da Mundial –, o salão alugado ficou pequeno. E começaram a se mudar para outros, cada vez maiores. Agora, no Templo dos Milagres, a plataforma de onde os cultos são dirigidos fica no meio do espaço. Valdemiro chega lá usando uma escada subterrânea. Mas faz questão de sair por alguma das portas laterais, passando pelo meio dos presentes. As pessoas se amontoam ao seu redor e é quase impossível andar. Querem tocá-lo. Alguns testemunham que foram curados por seu suor ou encostando fotos e documentos em suas roupas.

“É algo completamente diferente do que fazem outros líderes de igrejas neopentecostais como Edir Macedo, R. R. Soares e Estevam Hernandes. A maioria das pessoas que freqüentam a igreja é composta por gente simples, mas que se identifica por poder sentar e conversar com Valdemiro, que as abraça e chora com elas”, analisa o professor e pastor Paulo Romeiro, também da Universidade Mackenzie. Para ele, mais do que uma denominação, a Mundial, mais que uma denominação é um movimento que deve continuar crescendo cada vez mais. “Comparo o Valdemiro com o movimento que o David Miranda fez a partir dos anos 60, com a Deus é Amor e as curas. Com a diferença que, está melhor preparado em termos de conhecimento e não enfatiza usos, costumes e doutrinas”, afirma.

Nessa caminhada e disputa por horários na televisão com outras igrejas como a própria Universal e a Internacional da Graça de Deus, a Mundial obteve recentemente uma grande vitória. No dia em que foi ao Templo dos Milagres para falar com o apóstolo Valdemiro Santiago – uma entrevista exclusiva que você confere a partir da página 24 – , a reportagem de ECLÉSIA recebeu em primeira mão a notícia de que a igreja acabara de adquirir junto à Rede Bandeirantes os direitos para gerir e transmitir durante 22 horas diárias o conteúdo do Canal 21. As outras duas horas seriam ocupadas pelo jornalismo da própria Band. Uma notícia que surpreendeu muita gente e que deve gerar ainda mais oposição e perseguição ao líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, que diz já ser vítima de discriminação e até de ameaças de morte. “Um líder dessas grandes igrejas por aí me encontrou no Rio há alguns dias e disse que ia me varrer da sua frente. Também tem gente ligando para o meu celular e dizendo que vai me matar. Não entendo como esse tipo de coisa pode vir de irmãos na fé. Oro para que eles cresçam e creio que o Senhor abrirá os olhos deles para orarem por mim, pois são homens de Deus. Mas uma coisa digo: não vamos parar. Se fecharem uma igreja nossa, podem ter certeza, que abriremos outras 10 em seu lugar”, garante com fé. E, pelo andar da carruagem, ninguém precisará esperar muito para ver isso .

Fonte: Revista Eclésia – Edição 126

Entrevista com o pastor Valdomiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder de Deus

Em entrevista exclusiva, Valdomiro Santiago, líder da Igreja Mundial do Poder Deus fala sobre sua vida e discute o que faz com que sua denominação seja a que mais cresce hoje no Brasil

ECLÉSIA – Recentemente a Igreja Mundial do Poder de Deus assumiu 22 horas diárias da programação da Rede 21. Quais são seus planos com todo esse horário na televisão?

VALDEMIRO SANTIAGO – O projeto é pregar a salvação e a grande vantagem está no número de pessoas atingidas. Na igreja, prego para 15 mil, na televisão, para 15 milhões. Também atingimos em seus lares pessoas que de outra forma não ouviriam, porque não costumam ir à igreja. Já estamos lá há seis anos e agora vamos ter mais tempo. Começaremos com testemunhos, oração, cultos. Haverá duas horas de jornalismo durante a programação, produzido pela Bandeirantes. Mais para frente, vamos diversificar a programação, com outras atrações, inclusive de variedades. Queremos fazer televisão de qualidade, mas nem por isso deixaremos de lado programas que temos também em outras emissoras. Nossa idéia é crescer e ampliar.

O senhor costuma usar dois bordões “vem pra cá Brasil” e “aqui o milagre acontece”. Deus tem realizado um avivamento pela Igreja Mundial? Qual é o segredo disso tudo?

Não tenho dúvidas de que o Brasil está experimentando um avivamento e este ministério faz parte dele. Não apenas aqui, mas em outros países como a Argentina. Nesses lugares, multidões estão vindo sedentas e correm notícias de grandes sinais e milagres. Tudo isso seria impossível sem a renúncia. O que quero dizer: nós, homens, atrapalhamos demais o trabalhar de Deus. Lendo a Bíblia, percebo que a entrega, a renúncia foram essenciais para que homens simples fizessem grandes obras. Quanto menos eu atrapalhar, mais Deus vai operar. Nunca poderei atribuir o que Deus está fazendo por meio da Igreja Mundial do Poder de Deus a mim. Se o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza e ele age assim em nosso ministério, só posso dizer que sou o mais fraco dos homens. Procuro praticar e ensinar isso a nossos pastores. O pregador, como tantos dizem, mas não praticam, deve glorificar o nome de Jesus. Vi em minha vida que apenas talento e esforço não resolvem todos os problemas. Por mais que lutasse, dormi muito tempo escorado em portas de igrejas e sem o pão de cada dia. A igreja que o senhor lidera é provavelmente aquela que mais cresce na atualidade. Dados da própria denominação falam em mais de 500 templos só no Brasil e um crescimento de 200%, com 20 novos templos abertos por semana nos últimos meses. O que representam tantos números para vocês? Não é uma questão de números. Existe uma necessidade de se pregar o Evangelho. As pessoas têm sede da Palavra, mas por causa do grande crescimento da maioria das igrejas, o Evangelho tem sido confundido com religiosidade, com freqüência a cultos em busca de benefícios pessoais. Porém, uma coisa é o poder de Deus, que muda a pessoa, outra, a religião, um costume, uma tradição. Deus criou essa obra [a Igreja Mundial] e viu a entrega e a simplicidade, um esvaziamento, que permitiu a ele encher-nos de sua grandeza. É simples. As multidões continuarão chegando. O crescimento é decorrente dessa necessidade da pregação da Palavra genuína. Também há um caráter profético. A vinda de Jesus está próxima. Junto com outros ministérios sérios, continuaremos a levar a mensagem da salvação, o Evangelho simples.

Então, o que leva a esse crescimento é a busca pelas curas, sinais e maravilhas?

São muito importantes, pois as pessoas estão escandalizadas e até incrédulas quanto aos grandes ministérios. Mas quem tem dúvidas deveria nos investigar. É impossível qualquer ser humano fazer tais coisas. Aqui acontece o sobrenatural, o poder de Deus em ação. Nós não podemos curar cegos, paralíticos, cancerosos, aidéticos. E há curas comprovadas em todos esses casos. Assim a Palavra é fundamentada. Há uma necessidade das pessoas verem milagres para serem atraídas, convencidas e se arrependerem. Vivemos em um mundo com muitos problemas sociais e as pessoas encontram conforto e resposta no Evangelho. Milagres e curas fizeram parte do ministério de Jesus e dos apóstolos, mesmo sem as ferramentas que temos hoje para divulgá-los: televisão, internet, revistas, jornais. Se Jesus tivesse esses meios, tenho certeza que iria usá-los, pois potencializam qualquer ministério. Os milagres que leio na Bíblia, tenho também visto pessoalmente.

Pode contar algumas dessas histórias que tanto o impressionaram e que mais marcaram seu ministério?

Uma delas foi de um homem que morreu. Como se diz no Nordeste, “estava na pedra”. A família, inclusive, já tinha recebido o atestado de óbito. A filha dele chegou em mim na igreja, abraçou-me e disse: “Se o senhor disser que ele está vivo, ele viverá”. O que houve ali foi pela fé dela. Comovido, respondi: “Então, está vivo”. Quando ela voltou para casa, estavam se preparando para velar o corpo e receberam a notícia de que o homem havia voltado à vida. Os médicos tentaram justificar, mas não conseguiam entender como o coração voltou a bater. Foi uma ressurreição. Há alguns dias, um homem aqui em São Paulo, doente terminal de Aids, que mais parecia um esqueleto e vivia deitado na cama, sem condições para andar, foi curado. O homem tem 1,80 metro e chegou a pesar 30 quilos. Temos todos os exames, antes e depois, comprovando a cura. O vírus não ficou apenas indetectável, desapareceu do organismo dele mesmo. Há algum tempo conheci um senhor de mais de 60 anos que era ateu. Ele foi curado de um câncer e se converteu. Também batizei outro, de 86 anos, que a vida toda militou no ateísmo. Ele me abraçou e disse: “Graças a Deus, que me fez conhecê-lo”. Às vezes, coloco a cabeça no travesseiro quando passo alguma luta ou perseguição e não consigo dormir, abatido ou querendo esmorecer, e o Espírito Santo me lembra de tudo isso que tem acontecido. Ele me diz: “Se faço isso na vida de todos os eles, também faço na sua”.

Hoje existem teorias sobre batalha espiritual e libertação que envolvem conceitos complicadíssimos como mapeamento espiritual e regressão. Seus cultos enfatizam libertação, curas e milagres, mas o senhor crê nesses ensinos?

Conhecer é importante, mas tem gente que, nessa busca, acaba dificultando as coisas. Não vejo o Evangelho dessa forma. Por isso, buscamos simplificá-lo. Tenho consciência que, dentre tantos pregadores que estão com algum destaque na atualidade, eu sou o menor, com menos conhecimento. Não sou versado na letra. Leio a Bíblia todos os dias, mas não para mostrar erudição ou demonstrar na televisão ou no púlpito. Leio para me alimentar. Na verdade, leio a Bíblia como quem busca um prato de comida. Você prega uma hora, duas horas, fala com eloqüência e arranca aplausos e choro da platéia. Depois vem outra pessoa, que fala um português sofrível, mas, pela fé, faz o paralítico andar. Qual terá mais credibilidade diante do público? Eu prefiro ser este último homem. No tempo de Jesus, os sacerdotes e escribas eram homens de grande conhecimento. O próprio Nicodemos mostrou que sabia muito. Mas reconheceu diante de Cristo que ninguém poderia fazer aqueles sinais, se Deus não fosse com ele. É disso que precisamos. A Palavra precisa voltar a salvar, curar, libertar e prosperar. Tem gente que é muito inteligente para inventar formulas. Dou graças a Deus por não ter inteligência para isso. Não falo em sabedoria, pois a pessoa sábia não fica buscando e se preocupando com isso. Preocupa-se em promover o Reino de Deus e ver a multidão glorificar a Deus.

Como o senhor avalia a Igreja Evangélica brasileira em geral?

Infelizmente, temos de admitir que está enferma. Mudamos, modificamos certas regras, buscamos nos modernizar. O pastor quer acompanhar as mudanças na sociedade. O que não falta é gente sugerindo: você precisa mudar, acompanhar os novos tempos, evoluir, adaptar-se ao mundo, fazer política. A política é de Deus, embora alguns crentes tenham deixado a desejar. Mas não posso me confundir: sou um pastor. Em nossa igreja, Deus chamou pessoas para mexer com política. Se eu começar a negociar acordos, vou desvirtuar o Evangelho. A mesma coisa acontecerá se quiser dirigir a igreja como uma empresa. Não sou empresário. Tenho políticos e empresários na igreja e nós os abençoamos. A meu ver, muitas autoridades espirituais, grandes homens de Deus estão divididos entre serem pastores e políticos ou empresários. Atribuo essa fraqueza à falta de ensino e à falta de tempo das lideranças para dedicar à pregação da Palavra. Se os líderes das grandes igrejas fizessem isso, descessem do pedestal, ficando em seus lugares – aos pés de Cristo –, experimentaríamos um avivamento de fato no Brasil e não somente de números.

O senhor fala muito sobre oração, vigílias, busca nos montes. A Igreja brasileira está enfraquecida por que perdeu tudo isso de vista?

Creio que se vemos curas e maravilhas em nosso meio, em grande parte é devido a essa busca. Eu não posso dar aquilo que não tenho, que não recebi. E só recebo se buscar. É a lei da semeadura: só colhe quem planta. Se Jesus buscava nas madrugadas, ia aos montes para orar, por que não seguimos seu exemplo? Muita gente costuma me criticar porque vou ao monte, dizendo que isso não existe mais, que é perigoso. Não critico essas pessoas e não quero saber desse tipo de crítica em relação a mim. Eu, um pecador, não deveria ir, deveria morar no monte, viver em vigílias. O importante é o resultado. E cada vez mais gente que segue este exemplo vem nos procurar feliz, liberta, salva, cheia da presença de Deus.

A Igreja no Brasil é especialista em promover grandes eventos e concentrações de sucesso. Mas não em segurar as pessoas e fazê-las crescerem espiritualmente. Como você encaram essa realidade por aqui?

A Bíblia trata o líder, o pastor, como um construtor. Aquele que é prudente precisa ver que materiais vai usar e como lançará o alicerce. Se, após verificar o solo, fará uma fundação superficial ou outra, mais profunda, mas que também ofereça mais segurança. Não sou engenheiro ou arquiteto, mas sei que sem trabalho, nada se faz. Trazendo para o lado espiritual, a mesma regra vale para a pregação. Nunca preguei milagres. Não é necessário falar de um cego há dois mil anos, se posso mostrar o cego curado hoje. A não ser quando a pregação fala da atitude daquele que foi curado: o cego que seguiu Jesus, aquele dentre os dez leprosos que voltou para agradecer. O material empregado é a Palavra de Deus. Nossa pregação e ensinos são ministrados nos cultos e em programas de televisão. Igrejas que normalmente fazem grandes movimentos, não têm tempo para pregação e ensino. Apenas realizam campanhas. As pessoas recebem – às vezes, não recebem, porque sem eles é difícil para receber – e Jesus é apresentado a elas como o dono do supermercado, do depósito, ao qual o interessado vai para comprar. Garanto que não temos problema de grande rotatividade. Atribuo isso à pregação. Ensino que o principal não pode ser o milagre físico ou financeiro, mas a salvação. Senão, quando estiver no deserto, sem milagres, o crente corre o risco de ficar igual aos hebreus no deserto e murmurar. Para permanecer na presença de Deus, temos que nos agradar dele como diz o Salmo 37 e nunca atribuir a Deus seus fracassos ou problemas. Com quem nos identificamos? Com Jó ou com sua esposa? Bênçãos e milagres são conseqüências da comunhão que temos com ele.

Como teve início sua caminhada espiritual? E como aconteceu sua conversão?

Eu era católico como a maioria aqui no país: não queria nem saber de ir à igreja. Na verdade, eu era menino ainda. Com a morte de minha mãe, saí da casa de meu pai. Tinha 12 anos. Perder minha mãe foi um golpe duro, ela era rígida, mas nos fazia sentir protegidos. Não conseguia conviver com as famílias de meus irmãos mais velhos, casados. Estava machucado, era rebelde. Com 14 anos fui embora. Vivi momentos difíceis. As más companhias que encontrei, trataram de me afundar de vez. Passei fome, dormi na rua, tornei-me um viciado e contraí diversas doenças. Meus irmãos até vieram atrás de mim, mas eu não deixava que me ajudassem. Maltratava-os. Um dia, depois de passar a noite em claro, estava na frente de uma igreja e o pastor, rapaz novinho, convidou-se para entrar. Estava tão cansado que aceitei, claro. Só queria fechar os olhos e descansar, mas Deus tinha outros planos e naquela reunião me alcançou.

Durante vários anos, o senhor atuou como pastor e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus. Inclusive no exterior. Em Moçambique, sofreu uma das maiores adversidades de sua vida. Como foi?

Aconteceu em 1996 e foi um naufrágio. Mas não um acidente. Sabotaram nosso barco para tirar minha vida. Em Moçambique, pescava e dava os peixes às comunidades carentes. O crescimento da igreja, no entanto, começou a incomodar outras lideranças. Certo dia, fomos pescar e quando já estávamos em alto mar, percebemos que a embarcação fazia água. Estava com mais dois pastores e um músico. Disse a eles que me esperassem, pois ia buscar socorro. Um dos pastores ficou em uma bóia que deixamos lá para marcar o local, próximo ao naufrágio, em um recife. Mas os outros dois resolveram me acompanhar. Como tinham corpos atléticos e eu era bastante obeso, tinha 153 quilos, pensaram: “Se o bispo vai, também podemos ir”. O problema é que foi uma decisão de fé. Acho que nem o melhor nadador, fosse ele o Gustavo Borges ou o César Cielo, conseguiria nadar ali. A água do oceano estava tão gelada que havia risco de congelar. Fora isso, tinha a distância e os tubarões que procriavam na região. Como a corrente estava forte e as ondas enormes, logo perdi o contato com eles. Nadei sem parar por oito horas, desviando de tubarões. Perto da praia, dois homens me socorreram, como se carregassem uma pena. Meus olhos sangravam por causa da alta concentração de sal da água e não consegui vê-los direito. Depois dos primeiros-socorros, gritaram para outras pessoas e sumiram. Fui levado até a ilha vizinha, habitada. Lá, as equipes de socorro me ajudaram e foram atrás dos outros. O que ficou na bóia foi resgatado, mas os demais nunca mais foram encontrados. Outras vezes voltei àquela praia, mas não encontrei os dois primeiros que me ajudaram. Creio que eram anjos. Depois de tudo, a imprensa e técnicos do governo foram ao local. Não conseguiam acreditar que tinha sobrevivido. Não tenho dúvida que experimentei um grande livramento de Deus.

Foi a partir daí que o senhor fundou a Igreja Mundial?

Foi logo depois, mas não em virtude disso. É até difícil explicar como começou, mas foi pela vontade de Deus. Durante 18 anos, fiz parte de outro ministério. Mas aí comecei a discordar da forma como essa igreja estava agindo. Na minha opinião, já não pregava a Bíblia e ensinava o Evangelho como aprendemos. A Palavra de Deus é simples demais e sempre procurei prega-la dessa maneira. Já não via isso na igreja. Cheguei na minha esposa e disse a ela que não me sentia bem, pois não pregávamos mais a verdade. Mas era obrigado a obedecer à direção. Oramos a Deus e ele colocou em nosso coração para que saíssemos. Nada foi planejado. As pessoas souberam de nosso desligamento, estranhavam, perguntavam por que estávamos saindo e o que iríamos fazer. Eu apenas dizia que queria pregar o Evangelho de Jesus. Queriam saber como se chamaria a nova igreja. Eu não dizia. Falar o quê? Não havia parado para pensar nisso. Mas uma vez estava no carro, quando um amigo fez a pergunta e disse de supetão “Mundial do Poder de Deus”. Não estava preocupado com isso, veio de repente.

A igreja já começou atraindo gente?

Nada. Antes da primeira reunião, passamos a semana inteira evangelizando. Até estava acostumado com multidões. Na África, em menos de dois anos, batizamos quase 50 mil pessoas. Por isso, os primeiros resultados foram desanimadores. No horário da reunião, não havia ninguém. Atrasei meia hora e, mesmo assim, só havia 16 pessoas. Contando com minha esposa, filhas e três ou quatro pastores. Mas era Deus trabalhando, amassando e moldando o barro. Com muito trabalho, o número de freqüentadores foi aumentando e, em dois meses, precisamos mudar pela primeira vez de salão, pois aquele em que estávamos havia se tornado pequeno. Hoje, a cada reunião, há 2 a 3 mil pessoas novas toda vez. Nossa preocupação é que venha também o crescimento espiritual.

Esse crescimento acaba incomodando outras denominações. Como o senhor encara as críticas e perseguição que sofre?

Para mim é triste, pois vem justo de irmãos na fé. Já fui caluniado e ameaçada de morte junto com minha família. Eles têm medo de perder sua posição, seu prestígio, pessoas não virem às suas igrejas. O ciúme é um problema até na Bíblia. Eles olham para as multidões vindo à Igreja Mundial e temem. Isso não deveria acontecer, afinal, somos soldados do mesmo exército. Independente da minha igreja estar cheia ou não, louvo a Deus quando vejo uma outra, repleta e buscando a Deus. Creio que, mais cedo ou mais tarde, verão que não adianta ficar criticando e acabarão orando por mim. Já me habituei com as calúnias. Não é possível esconder um ministério que chama tanto a atenção. Ameaças também surgem, essas são mais difíceis, pois tantas vezes são diretas mesmo. Tentam até fechar nossos templos. Mas digo: para cada um que fecharem, abriremos outros dez.

Quando acabam os cultos, muita gente vem até o senhor para tentar tocá-lo. O senhor não teme ficar com imagem de messias e ser idolatrado?

Não tenho esse temor. Isso não parte de mim e não encorajo as pessoas a pensarem assim. Gente querendo chegar em você para receber uma benção é coisa comum. Na Bíblia, por exemplo, isso não aconteceu apenas com Jesus. Veja o caso de Pedro. Quem era ele? Um simples pescador. Mas, porque sua sombra curava, as multidões se chegavam a ele. As pessoas sabem que vêm de Deus e não do pregador. Mas, por ser mais palpável, acham que, se tocar nele, é mais fácil de obterem. Há um componente bíblico, não só de uma pessoa, mas de todos os servos de Deus, cheios de sua presença, fazerem as mesmas obras de Cristo. Sei que também pode distorcer a mensagem, por isso, digo que sou um canal da benção divina, mas não posso salvar ninguém. Sou carente da salvação e da cura como todos. Sou um comedor de frango com quiabo e angu que, quando fica doente, vai a Jesus como todos e pede sua misericórdia e cura.

Fonte: Revista Eclésia edição 126

Marta Suplicy promete aliviar Lei Cidade Limpa para igrejas evangélicas

Marta Suplicy prometeu aliviar a Lei Cidade Limpa para instituições religiosas durante o encontro com representantes evangélicos, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e liberar a Avenida Paulista para a Marcha para Jesus.

A gestão José Serra(PSDB)/Gilberto Kassab (DEM) proibiu a marcha dos evangélicos na Paulista, mas manteve liberada a Parada Gay.

Representantes de igrejas reclamaram da Lei Cidade Limpa e se disseram prejudicados pela falta de painéis indicadores. “Acho que igreja não é supermercado nem açougue. Podemos buscar uma regra específica para as instituições religiosas”, disse Marta.

Ao lado do presidente, ela recebeu apoio da maioria dos pastores, mas um criticou sua postura em defesa dos homossexuais. Cícero Crispin, da Nações Unidas do Reino de Deus, lembrou de um processo que a candidata moveu contra um pastor da Assembléia de Deus, por um programa que difamava Marta por ser favorável a gays. “Eu ainda não decidi meu voto, quero saber sua posição quando falamos de certos temas”, disse.

Marta foi direta: “Se for para usar palavras de baixo calão contra a minha pessoa, serão processados”, afirmou. Um dos coordenadores da campanha, o deputado Rui Falcão, fez o “esclarecimento”. Segundo ele, o processo foi contra uma rádio que fez uma enquete em que os ouvintes falavam motivos para não votar em Marta. Houve ofensas pessoais, sem direito de resposta para a candidata.

Uma carta contra o projeto 122/06, que tramita no Senado e transforma homofobia em crime, também foi entregue a Lula. A carta pede liberdade aos pastores para pregarem contra o homossexualismo.

Fonte: O Globo

Cardeal Bertone encerra maratona de leitura da Bíblia na Itália

O cardeal secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, fechou neste sábado, 11, a maratona de leitura da Bíblia na televisão, que começou em 5 de outubro com o papa Bento XVI e foi transmitida pela rede de TV pública “Rai” da Basílica de Santa Cruz de Jerusalém, em Roma.

Bertone fechou a leitura das Sagradas Escrituras lendo o capítulo 22 do livro do Apocalipse, Em seguida, ressaltou que foi uma “maravilhosa experiência”, que permitiu que a Bíblia voltasse “às casas, aos corações”.

Neste último dia também leram a Bíblia, entre outros, o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, e os cantores Renzo Arbore e Massimo Ranieri.

A iniciativa, a mais longa transmissão ao vivo da história da televisão, durou 139 horas, nas quais a Bíblia foi lida de forma ininterrupta.

Nos sete dias, foram lidos os 73 livros da Bíblia, o que supõe 1.141 passagens e 800 mil palavras.

Após Bento XVI, que abriu a maratona televisiva lendo o Gênesis, um total de duas mil pessoas provenientes de cerca de 50 países do mundo leram passagens do livro sagrado.

A transmissão ao vivo começou no primeiro canal da “Rai”, “Rai Uno”, para prosseguir nos outros canais, incluindo o por satélite e outros sobre cultura.

Entre as personalidades que leram trechos da Bíblia estão os ex-presidentes italianos Carlo Azeglio Ciampi, Oscar Luigi Scalfaro e Francesco Cossiga, o ex-primeiro-ministro por sete vezes, Giulio Andreotti, o diretor de cinema ganhador de um Oscar Roberto Benigni, o cantor de ópera Andrea Bocelli, a dançarina Carla Fracci e atletas consagrados.

Fonte: EFE

EUA retiram a Coréia do Norte da lista dos países que apóiam o terrorismo

Os Estados Unidos retiraram neste sábado a Coréia do Norte de sua lista negra de países que apóiam o terrorismo, após alcançar um acordo sobre a verificação das atividades nucleares do regime de Pyongyang, informou o Departamento de Estado.

“A secretária de Estado retirou a designação da Coréia do Norte como Estado defensor do terrorismo”, anunciou o porta-voz Sean McCormack, destacando que a decisão foi tomada após a Coréia do Norte ter concordado com uma série de medidas de inspeção de suas instalações nucleares.

“Todos os elementos de verificação que buscávamos estão incluídos nesta medida. É um ponto importante”, afirmou McCormack.

A Coréia do Norte figurava nessa lista negra devido ao seu presumível envolvimento na destruição de um avião comercial sul-coreano em 1987, que deixou 115 mortos.

As sanções por fazer parte da lista impediam o governo de Pyongyang de obter empréstimos a taxas razoáveis em instituições financeieras, como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional.

George W. Bush falou neste sábado por telefone com o primeiro-ministro japonês, Taro Aso, que se opunha à decisão de hoje enquanto não se esclarecesse a sorte dos japoneses seqüestrados nos anos 70 e 80 pelo regime de Pyongyang. Bush prometeu que o assunto não seria esquecido nas conversações com a Coréia do Norte.

O porta-voz do Departamento de Estado explicou, também, que Pyongyang vai retomar o desmantelamento de suas instalações nucleares.

A decisão acontece após dias de reuniões do governo Bush que se seguiram a uma visita do enviado americano a Pyongyang, Christopher Hill, na semana passada.

A Coréia do Norte começou a desativar seu reator nuclear em Yongbyon em agosto, adotando recentemente medidas no sentido contrário, após Washington ter-se recusado a retirar o país da lista de patrocinadores de terrorismo.

Fonte: AFP

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