Paquistão – Vários grupos de direitos humanos e de minorias organizaram uma demonstração em favor de cristãos detidos na prisão Rawalpindi, distrito de Adiala, onde os prisioneiros iniciaram uma greve de fome contra a decisão das autoridades da cadeia de demolir uma igreja de dentro do complexo prisional e de impedir que eles realizem serviços religiosos.

A demonstração de solidariedade aconteceu na última quinta-feira, em frente ao Clube de Imprensa de Lahore. Ativistas da Comissão Justiça e Paz, da Jovens Obreiros Cristãos e do Partido Trabalhista participaram do evento.

De acordo com a organização protestante Sharing Life Ministry Pakistan, os detidos foram maltratados quando pediram para realizar seus cultos.

“Não é a primeira vez que a direção do presídio maltrata prisioneiros cristãos. É intolerável que os cristãos tenham negado seu direito de celebrar seus cultos em dias sagrados”, disse o coordenador da organização. “É cruel que as autoridades prisionais ajam dessa maneira. O governo paquistanês deveria proteger os direitos religiosos de prisioneiros cristãos que têm o mesmo direito que qualquer outro paquistanês.”

Patras Ghani, deputado do Partido Nacional Cristão, expressou sua solidariedade aos detidos. Em nota à imprensa, ele afirmou que “a comunidade cristã paquistanesas deveria estar unida em partilhar esses princípios. Esse tipo de perseguição demonstra como o governo vê as minorias do país”.

Em seus próprios informativos, os grupos de direitos humanos e de minorias envolvidos no protesto de Lahore disseram que os presos cristãos da prisão de Adiala iniciaram a greve de fome na quarta-feira da semana passada, a fim de protestar contra a sistemática discriminação e violação de seus direitos religiosos praticadas pela administração do presídio, assim como contra a decisão de demolir uma igreja que fazia parte do complexo prisional.

Reportagens sugeriram que o protesto envolveu mais de 300 prisioneiros, incluindo muitos que pertencem a minorias não cristãs.

Fonte: Portas Abertas

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