Religioso confirmou que bebeu duas cervejas e uma dose de cachaça, momentos antes do acidente; pároco tem Parkinson e toma remédio controlado

Um padre de 41 anos assumiu a culpa pelo acidente em que se envolveu na noite dessa sexta-feira (24), no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. O religioso dirigia após ter ingerido bebida alcoólica e acabou batendo em uma moto da Polícia Militar (PM) que realizava blitz no local.

De acordo com a PM, a moto estava parada, com sinalização, e o padre Erli Lopes Cardoso atingiu o veículo com um Fox, no cruzamento das ruas Brasileia com Correia de Araújo. Um militar estava na moto, mas conseguiu pular dela antes da batida.

[img align=left width=300]http://www.otempo.com.br/polopoly_fs/1.1029500.1429969306!image/image.jpg_gen/derivatives/main-horizontal-photo-gallery-leading-fit_620/image.jpg[/img]Cardoso contou que se distraiu em uma conversa com o passageiro do carro, que seguia no sentido avenida Fleming, freou, mas não conseguiu evitar a colisão. Ele apresentava sintomas de embriaguez e aceitou fazer o teste do bafômetro, que deu positivo: 0,44 mg/l de álcool no sangue por ar expelido, acima do máximo permitido, que é de 0,33 mg/l.

O padre confirmou que bebeu duas cervejas e uma dose de cachaça, momentos antes do acidente. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dele foi apreendida. O carro não foi recolhido porque era de outra pessoa, e um condutor habilitado se responsabilizou. Ninguém ficou ferido.

“Ele foi ouvido e demostrou arrependimento, tanto pelos processos administrativo e um criminal, pelos quais vai responder, mas também com as responsabilidades para com a própria igreja. Ele lamentou muito, mas não negou que tivesse feito uso de bebida. Ele disse que tomou cerveja e misturou com remédios controlados, porque ele tem Parkinson, o que ele disse que deu um efeito de sonolência”, explicou o coordenador de operações especiais do Departamento de Trânsito de Minas Gerais, o delegado Anderson Alcântara.

O padre não ficou detido, porque pagou R$ 1.000 de fiança. Ele terá que pagar uma multa de cerca de R$ 2.000 e pode perder a habilitação, que será suspensa, devida a prova de embriaguez ao volante.

Cardoso é pároco da Paróquia Nossa Senhora da Divina Providência. A reportagem de O TEMPO fez contato com a Arquidiocese de Belo Horizonte que informou que o padre não é ligado a eles e sim a Congregação da Divina Providência, que pertence também a Igreja Católica.

Por meio de nota, assinada pelo diretor provincial da congregação, o padre se mostra pesaroso pelo crime. “É de conhecimento público a notícia de que o Pe. Erli Lopes Cardoso, membro da Pequena Obra da Divina Providência, foi notificado em blitz da “Operação Lei Seca”, em Belo Horizonte. A respeito, a Congregação à qual pertence o Pe. Erli se manifesta pesarosa e consternada com esta notícia e informa que está tomando as providências necessárias para que tudo seja resolvido dentro da legalidade”.

[b]Fonte: O Tempo[/b]

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