Jorge Bergoglio começa a aplicar o que havia prometido: reformar o Vaticano. Para isso, inicia uma limpeza, abolindo cargos e reduzindo o poder da Cúria.

Seu trabalho não será dos mais simples, mesmo para um monarca absolutista com o aval público de ter sido nomeado a personalidade do ano pela revista Time na última semana. Afinal, são 2,9 mil funcionários que vivem há séculos às sombras da Basílica de São Pedro.

O papa já confessou que terá de reduzir o poder da Cúria – famílias, religiosos e indivíduos que hoje são mordomos de luxo e funcionários da Santa Sé. Para o papa, esses “generais de exércitos derrotados” pesam na conta e na credibilidade da Igreja.

Francisco contratou consultorias para limpar a administração. E também já reduz o número de funcionários. Um cardeal percorre os corredores perguntando aos chefes das repartições: “Quantos seu departamento poderia demitir?”

Na reforma, o próprio papa tem tomado a liderança, sem deixar que o assunto seja delegado a outras pessoas. “Ele quer dar o exemplo”, disse o cardeal Rino Fisichella.

[b]Banco[/b]

O Itamaraty reduziu sua conta no Banco do Vaticano e transferiu as movimentações para o Banco do Brasil. A Embaixada do Brasil na Santa Sé mantém na instituição da Igreja o depósito mínimo de 100.

A medida foi tomada em preparação às mudanças planejadas pelo papa, que quer que a instituição limite seu papel para financiar obras religiosas. As ações já começam a ter impacto. Em 2011, eram 21 mil correntistas. Hoje, são 18,9 mil.

[b]Fonte: Estadão[/b]

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