O imã de Al Azhar, Ahmed al Tayyeb criticou o papa por pedir proteção para os cristãos e não pedir para os muçulmanos.

A condenação pelo papa do ataque que matou 21 pessoas numa igreja cristã copta em Alexandria atraiu a crítica ontem do mais importante imã do Egito, que acusou Bento 16 de se manifestar em prol de cristãos e calar ante mortes muçulmanas.

O chefe da Igreja Católica havia manifestado “dor” ante o “gesto covarde que ofende a Deus e a toda a humanidade”.

“Me pergunto por que o papa não pede a proteção dos muçulmanos quando os matam no Iraque”, reagiu mais tarde o imã de Al Azhar, Ahmed al Tayyeb, o mais importante clérigo sunita do Egito.

O atentado a bomba não foi reivindicado, mas o governo atribuiu a autoria a grupos ligados à Al Qaeda tentando desestabilizar o país.

O ditador Hosni Mubarak afirmou haver “mãos estrangeiras” na ação. E pelo menos 20 suspeitos de participação foram detidos pela polícia.

A comunidade copta do Egito é o maior grupo cristão do Oriente Médio. Estima-se que entre 6% e 10% da população egípcia professem a religião.

[b]Fonte: Folha de São Paulo
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