O papa Bento 16 pediu o fim das injustiças, ódio e violência, particularmente no Tibete, Iraque, na Terra Santa e em Darfur, em sua tradicional mensagem de Páscoa, neste domingo, no Vaticano.

O papa, que completa 81 anos no mês que vem, lamentou o que chamou de muitos ferimentos que continuam a desfigurar a humanidade nos dias de hoje.

“Com que freqüência as relações entre indivíduos, grupos e povos são marcadas não por amor, mas por egoísmo, injustiça, ódio e violência?”, perguntou Bento 16 em sua mensagem Urbi et Orbi.

“Esses são flagelos da humanidade, abertos e supurando em cada esquina do planeta, apesar de serem freqüentemente ignorados e, algumas vezes, deliberadamente ocultados; ferimentos que torturam as almas e corpos de incontáveis irmãos e irmãs.”

Esta foi a segunda vez nesta semana que o papa pediu calma no Tibete. Ele não chegou a mencionar a China, no entanto, com quem o Vaticano tem tensas relações.

Chuva

Mais cedo, Bento 16 celebrou a missa de Páscoa na Praça São Pedro, acompanhado por dezenas de milhares de pessoas sob guarda-chuvas, que não se deixaram desencorajar pela forte chuva que caiu sobre Roma.

O papa, que estava protegido por uma pequena cobertura, desejou a todos “Feliz Páscoa” em 63 línguas, mas os cardeais, diplomatas, coroinhas e a guarda-suíça – que garante a segurança do Vaticano – ficaram encharcados.

A cerimônia foi encerrada pouco depois de Bento 16 dizer à congregação para ver a chuva como uma bênção de Deus. No sábado à noite, durante uma vigília na Basílica de São Pedro, o papa batizou um jornalista que nasceu muçulmano e se converteu ao catolicismo.

Magdi Allam, de 55 anos, analista para o Oriente Médio e vice-diretor do jornal italiano Corriere della Sera, é famoso no país e é um crítico do extremismo islâmico.

Ele é conhecido por apoiar Israel e, há algum tempo, vive sob proteção policial.

Fonte: Folha Online

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