O papa Bento 16 afirmou na quarta-feira que os cristãos são perseguidos, torturados e mortos em algumas partes do mundo e que continuam a ser transformados em mártires da sua fé.

Em uma mensagem enviada a peregrinos no dia seguinte ao Natal –o dia de Santo Estéfano, considerado o primeiro mártir cristão–, o pontífice disse que os cristãos mortos por causa da fé oram para que seus assassinos sejam perdoados.

“Deveríamos sempre ter em mente que essa é uma característica típica do mártir cristão –esse é um ato de amor apenas, amor a Deus e aos homens, incluindo os perseguidores”, afirmou Bento 16 à multidão reunida na praça São Pedro, em um dia chuvoso.

“O martírio cristão nos lembra da vitória do amor sobre o ódio e a morte”, disse.

Santo Estéfano foi apedrejado até a morte por um grupo de pessoas, na cidade de Jerusalém, em uma época na qual o cristianismo começava a se disseminar. Segundo o papa, esse tipo de martírio continua a ocorrer até os dias de hoje.

“Não é raro mesmo hoje vermos notícias vindas de várias partes do mundo sobre missionários, padres, bispos, monges, freiras e pessoas leigas perseguidos, detidos, torturados e privados de sua liberdade ou impedidos de exercê-la porque são discípulos de Cristo e apóstolos do Evangelho”, afirmou.

Bento 16 não citou exemplos, mas há menos de duas semanas um padre católico foi esfaqueado dentro de uma igreja na Turquia, no mais recente de uma série de ataques contra cristãos nesse país predominantemente muçulmano.

Um outro padre italiano, também na Turquia, morreu após ser baleado dentro de sua igreja por um adolescente, em fevereiro. Em abril três cristãos tiveram a garganta cortada em uma editora turca responsável por publicar a Bíblia.

Na quarta-feira, na Índia, hindus radicais queimaram e danificaram 12 igrejas, matando ao menos uma pessoa, em um surto de violência detonado pelo suposto assassinato de um líder hindu por um grupo cristão.

Fonte: Reuters

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