O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, afirmou que a Igreja Católica de Cuba é “continuamente controlada” pelo governo do país.

Em entrevista difundida pela Rádio Vaticana, Celli, que esteve em Cuba na última semana, comparou a situação atual do país com 1998, quando esteve na ilha o papa João Paulo II.

“Se trata, sobretudo, de problemas vinculados com as restrições: pense, por exemplo, que depois da visita do Santo Padre em 1998, as autoridades concederam aos bispos o direito de poderem ir às rádios locais apenas três vezes ao ano por cerca de 15 minutos”, ressaltou o prelado.

Assim, o presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais considerou que “ainda falta muito por fazer” em Cuba, mesmo que “o clima que se respira entre a Igreja e as autoridades pareça levemente melhor”.

Para ele, “seria positivo que” o governo de Raúl Castro “permitisse à Igreja um acesso normal aos meios de comunicação”.

Celli ainda indicou que a Igreja Católica está consciente das dificuldades materiais vividas pela população cubana, que as enfrenta com “grande dignidade” e estão, muitas vezes, vinculadas ao embargo econômico imposto pelos Estados Unidos.

O religioso destacou também que “a Santa Sé tem interferido várias vezes na questão” do bloqueio comercial a Cuba, já que, segundo a doutrina tradicional do Vaticano em matéria de política internacional, os embargos afetam mais à população que aos governos.

Ainda assim, Celli se mostrou esperançoso de que a medida “possa ser levantada” pelos Estados Unidos.

Fonte: Ansa

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