O deputado Pastor Cleiton Collins, do PP, criticou o posicionamento do Conad, que deve ser oficializado no mês de setembro.

A resolução do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad) que proíbe comunidades terapêuticas de todo o País de incluir religião na recuperação de dependentes químicos movimentou o debate no Plenário da Assembleia, na manhã desta terça (26 de agosto).

Segundo Collins, o conselho criou um grupo de trabalho com representantes da sociedade civil e órgãos competentes para elaborar o Marco Regulatório das Comunidades Terapêuticas no Brasil. De acordo com o parlamentar, o documento aponta para a proibição da religião como parte do trabalho desenvolvido pelas comunidades.

O deputado acrescentou que o Brasil é um País laico, mas tanto a igreja católica quanto a evangélica mantêm centros que atuam no atendimento aos dependentes químicos. Ele alertou ao secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore Maximiano, que a aprovação da medida ameaça tudo o que foi feito pelas Casas de Recuperação no País.

Em aparte, o deputado Antônio Moraes, do PSDB, afirmou que o Governo Federal tem feito pouco para apoiar usuários de entorpecentes. Para ele, o Poder Executivo Federal precisa ter responsabilidade e cuidado para que o problema não se agrave.

Na avaliação da deputada Terezinha Nunes, do PSDB, as comunidades terapêuticas recuperam mais que os programas federais. Ela citou o exemplo da Fazenda da Esperança, ligada à Igreja Católica, ressaltando que o projeto apresenta alto índice de recuperação de dependentes químicos.

O deputado Zé Maurício, do PP, parabenizou Collins e afirmou que o Congresso Nacional deve se mobilizar em prol da adoção de métodos efetivos na luta contra o vício. Para ele, é importante a movimentação política no sentido de que a resolução do Conad não seja aprovada.(R.V.).

[b]Fonte: Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco via Jus Brasil[/b]

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