A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Alagoas (OAB/AL), recebeu denúncia, nesta quarta-feira, contra um pastor da Igreja Internacional da Esperança que está sendo acusado de invadir e depredar um templo umbandista, que fica em Massagueira, no município de Marechal Deodoro.

A denúncia foi formulada junto ao presidente da Comissão de Defesa das Minorias da OAB/AL, Alberto Jorge, pela proprietária do terreiro de candomblé, Maria José Alves Vital, que é filha de santo de Erenice Francisca Ferreira de Oliveira, a “mãe de santo Nena”.

Além do pastor, o filho da mãe Nena, José Torres Ferreira de Oliveira Filho, que é evangélico, também participou da invasão e depredação do templo religioso. Alberto Jorge promete fazer um ato público de repúdio, no local onde ocorreu o fato, juntamente com representantes do movimento negro e da religiosidade de matriz africana.

Segundo a denúncia feita por Maria José, mãe Nena morreu no dia 5 de maio. Cinco dias depois, José Ferreira, dizendo-se ser herdeiro da mãe de santo, invadiu o espaço religioso e depredou todas as imagens existentes. Ainda de acordo com a denúncia, José Ferreira só não ateou fogo no local porque houve a intervenção de outras pessoas.

“Neste dia (14 de maio), José Ferreira estava acompanhado de um pastor da Igreja Internacional da Esperança, de posse de uma pá e um pé de cabra, invadindo e destruindo o templo religioso”, disse Maria José.

Crime contra a liberdade de culto religioso

Alberto Jorge disse que o pastor e José Ferreira praticaram crime contra a liberdade de culto religioso. Ele afirmou ainda que pretende ir à Massagueira, no próximo sábado (13), para participar do protesto, marcado para as 9 horas.

O presidente da Comissão de Defesa das Minorias ainda relatou ter comunicado o caso ao delegado Cícero Rocha, de Marechal Deodoro, que já convocou os dois acusados para depor na próxima segunda-feira (15), às 9 horas, na delegacia daquele município.

“O delegado Cícero Rocha, de Marechal Deodoro, determinou a ouvida dos réus para o próximo dia 15 de junho, quando será iniciado o termo circunstanciado, que deverá ser encaminhado ao juiz da Comarca de Marechal para as devidas providências judiciais”, emendou Alberto Jorge.

Fonte: Gazeta Web

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