Os bispos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda contestam, no Supremo Tribunal Federal (STF), os mandados de prisão preventiva decretados contra eles. Os dois são acusados de matar o adolescente Lucas Terra, 14 anos, em Salvador.

Fernando foi preso no último dia 23 de maio, em Jaboatão dos Guararapes (PE), e Joel ainda não foi encontrado. O habeas-corpus, com pedido liminar, chegou ao STF nesta segunda-feira, 23, e será relatado pelo ministro Ricardo Lewandowski.

Integrante desde os 9 anos de idade da Igreja Universal, Lucas Terra desapareceu em 21 de março de 2001, e seu corpo foi encontrado carbonizado e com marcas de estrangulamento dois dias depois em um caixote em um terreno da avenida Vasco da Gama, na capital baiana.

Por conta desse crime, que teve grande repercussão à época, outro pastor da Universal – Silvio Galiza, foi condenado a 18 anos de prisão. De acordo com Fernando e Joel, o único indício de sua participação no crime seria exatamente o depoimento de Silvio.

Para o advogado de defesa, essa denúncia contra seus clientes seria, na verdade, uma estratégia desesperada de Silvio contra os pastores que o desligaram da Igreja, após o crime, “quando ficou constatado que o mesmo (Silvio) estaria levando garotos para dormir na mesma cama que ele, na igreja do Rio Vermelho, em Salvador”.

A defesa pede a expedição de alvará de soltura em nome de Fernando, e contra-mandado de prisão para Joel. E no mérito, que seja cassada definitivamente a prisão preventiva decretada.

Fernando e Joel já tiveram habeas-corpus concedido pela Primeira Turma do STF, contra a prisão temporária decretada pelo juiz da Vara Da Infância e da Juventude de Salvador (BA). A decisão foi em agosto de 2007. Naquela ocasião, os ministros declararam estar configurado o excesso de prazo, visto que os acusados permaneceram dezoito meses detidos.

Fonte: Terra

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