Alguns candidatos optaram por se afastar das atividades de pastor durante o período eleitoral. Outros evitam até mesmo dizer à qual igreja pertencem para não correr o risco de serem punidos pela legislação eleitoral.

Alguns candidatos optaram por se afastar das atividades de pastor durante o período eleitoral. “Eu me afastei porque eu não quero que as pessoas não saibam se quem está ali é o pastor ou o candidato”, afirmou o pastor Edilson Cunha Sena (PSDB), da Igreja Missão de Jesus.

Outros, a exemplo do candidato a deputado estadual Itsuo Takayama (PTB), evitam até mesmo dizer à qual igreja pertencem para não correr o risco de serem punidos pela legislação eleitoral. “Eu não posso falar sobre a minha igreja”, disse. “São diversos segmentos, existem algumas alas que proíbem qualquer manifestação e existem algumas alas que são mais liberais”, acrescentou o candidato.

O pastor Antônio Alves Ferreira (PPS), da Igreja Evangélica Quadrangular, que disputa uma vaga na Assembléia Legislativa, confirma que não pode trabalhar dentro da igreja, porém diz que tem o apoio do segmento. “A nossa convenção, da qual participaram mais de 700 pastores, indicou um candidato, baseado em critérios como estrutura e grau de instrução, e eu fui o indicado”, disse. “E a campanha política nossa é como a de todo político. A proibição veio agora, com a minirreforma”, completou.

O pastor Sena, como é conhecido, que também disputa uma vaga na Assembléia Legislativa, ponderou que cada candidato tem sua forma de fazer política. “Sou candidato, mas não sou candidato dos evangélicos, eu não gosto de trabalhar a política dentro da igreja, por isso me afastei do pastorado”, frisou ao observar que “evangélico” é a sua opção religiosa.

A pastora Gisela Guth de Araújo (PHS) avalia que o maior político foi Jesus Cristo e por isso não há problemas em conciliar igreja e religião. “O problema é que veio essa sujeira toda e ninguém melhor do que os evangélicos e os católicos para mudar isso”, disse ao ponderar, no entanto, que as mudanças não dependem tanto da religião, mas sim do comprometimento dos candidatos.

Fonte: Diário de Cuiabá

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