Togo aprovou ontem a lei que suprime a pena de morte no país, embora cerca de 60 Estados ainda mantenham execuções como punição para delitos comuns, segundo dados da Anistia Internacional (AI).

O último relatório da AI indica que em 2008 pelo menos 2.390 pessoas foram executadas em 25 países e que pelo menos 8.864 foram condenadas à morte em 52 nações.

No entanto, a organização detectou avanços no processo de abolição da pena capital, já que só em 25 dos 59 países que mantêm essa forma de punição foram registradas realmente execuções.

De fato, cerca de 30 países que possuem a lei não aplicaram a pena de morte durante os últimos dez anos. Togo fazia parte desse grupo, já que executou seu último condenado em 1978.

A maioria das execuções realizadas em 2008 ocorreu na Ásia, onde 11 países continuam utilizando esse tipo de pena – a China foi responsável por quase 75% das execuções do mundo no período (pelo menos 1.718).

A segunda região com maior número de execuções foram o Oriente Médio e o norte da África (508). Só o Irã executou pelo menos 346 pessoas, entre as quais estavam oito menores de idade no momento do delito. A Arábia Saudita executou 102.

Na América, só Estados Unidos realizam execuções constantemente, com 37 no passado.

A Europa seria considerada “zona livre de pena de morte” pela AI se não fosse por Belarus, onde a organização de defesa dos direitos humanos denuncia execuções perpetradas em segredo, sem informações de sua prática inclusive às próprias famílias das vítimas.

Fonte: EFE

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