O meia Kaká, do Milan e da seleção brasileira, desafia o estereótipo do jogador contemporâneo. Cristão praticante, evita festas e não se preocupa muito com a imagem, expressando-se dentro de campo com dribles desconcertantes e lançamentos precisos.

Tanta dedicação já havia permitido que Kaká, de 25 anos, recebesse neste mês a Bola de Ouro e os prêmios de melhor do ano da FIFPro e da Uefa. A coroação, depois de um gol na vitória de 4 x 2 sobre o Boca Juniors na final do Mundial de Clubes, foi receber nesta segunda-feira o prêmio de jogador do ano da Fifa.

Ele superou Lionel Messi, do Barcelona, e Cristiano Ronaldo, do Manchester United.

Num ano sem Copa do Mundo nem Eurocopa, Kaká se destacou por fazer dez gols na Liga dos Campeões, dando ao Milan seu sétimo título continental.

O Milan vive uma fase ruim no Campeonato Italiano (ainda não venceu em casa), mas Kaká continua brilhando –se não com gols, com dinamismo e passes perfeitos, o que permitiu que o Milan voltasse à fase de mata-mata da Liga dos Campeões.

Sua esposa anunciou recentemente que o casal espera o primeiro filho, e Kaká já disse que pretende virar pastor evangélico quando deixar o futebol.

Há sinais, porém, de que o melhor do mundo está aprendendo a explorar melhor a sua imagem. Ele é figura cada vez mais constante em anúncios e revistas. Fala abertamente sobre ter casado virgem e faz reiteradas insinuações em entrevistas de que o Real Madrid se interessa em tê-lo.

O Real de fato ofereceu 80 milhões de euros (117 milhões de dólares) no fim da temporada passada ao Milan, que admitiu que o pai e o agente de Kaká conversaram com o clube espanhol.

É possível que haja outra tentativa, mas o Milan poderá facilmente aumentar o preço, agora que o brasileiro é oficialmente considerado o melhor do mundo.

Fonte: Estadão

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