Uma pesquisa recentemente desenvolvida na Rice University (EUA) mostra que entre os cientistas que se declaram ateus, 20% são espiritualistas.

Apesar de a maioria das pessoas unirem os conceitos de religião e espiritualidade, entre os cientistas esses conceitos são separados.

A pesquisa obteve dados através de questionários respondidos por 275 cientistas naturais e sociais de universidades americanas. Dentre essas pessoas, 72 afirmaram ser espiritualistas e que esta crença é condizente com a ciência, sendo que o mesmo não pode ser dito para a religião.

Para esses cientistas, a ciência e a espiritualidade são formas de estabelecer significado sem a fé, sendo também uma jornada individual que nunca terá fim. Nesse sentido, a religião se opõe à ciência porque não está aberta à jornada científica, exigindo que a pessoa creia em algo absoluto, ausente de evidências empíricas.

Os termos que os cientistas usaram para definir a religião incluíam “organizada, comunal, unificada e coletiva”, enquanto os termos usados para espiritualidade incluíram “individual, pessoal e pessoalmente construída”.

“Nossos resultados mostram que os cientistas têm a religião e a espiritualidade como tipos qualitativamente diferentes de construções. Esses cientistas ateístas espirituais estão buscando o sentido central da verdade através da espiritualidade – um que é gerado por e consistente com o trabalho que eles fazem como cientistas”, afirma Elaine Howard Ecklund.

“Existe espiritualidade entre até mesmo os cientistas mais seculares. A espiritualidade penetra ambos os pensamentos religiosos e ateístas. (…) Isso desafia a idéia de que cientistas e outros grupos que nós tipicamente consideramos como seculares são desprovidos dessas grandes questões ‘Por que eu estou aqui?’ Eles também têm essas perguntas humanas básicas e o desejo de encontrar significado”, completa Ecklund.

A pesquisa será publicada na edição de junho do periódico Sociology of Religion.

[b]Fonte: Boa Saúde[/b]

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