Vários fiéis de uma igreja protestante clandestina da China foram detidos neste domingo pela polícia, tendo o seu pastor, detido no sábado, sido libertado, informou a associação americana cristã de defesa dos direitos humanos China Aid.

Segundo a organização, a igreja Shouwang de Pequim, não reconhecida oficialmente, viu-se obrigada a realizar as suas cerimónias ao ar livre depois de o proprietário do imóvel que acolhe habitualmente o culto ter posto fim ao contrato de arrendamento, sob pressão das autoridades.

No domingo passado, cerca de 170 seguidores foram presos enquanto participavam em cerimónias, mas a maioria foi libertada em seguida.

Hoje, a polícia impediu os fiéis de se reunir e pelo menos 30 acabaram por ser detidos.

“Vários membros da igreja Shouwang foram bloqueados de manhã e não puderam assistir ao serviço religioso organizado ao ar livre. Apelamos ao Governo chinês para restringir o uso da violência contra os fiéis pacíficos que nada mais querem do que a liberdade religiosa”, informou a China Aid, citada pela agência noticiosa France Presse.

O Governo apenas autoriza a prática religiosa por congregações reconhecidas pelo Estado.

Na China os cristãos dividem-se entre os “oficiais”, que pertencem a igrejas sob a alçada do Partido Comunista (23 milhões, segundo Pequim) e os fiéis das “igrejas do silêncio” clandestinas, que se estima serem 50 milhões.

[b]Fonte: Lusa[/b]

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