Em recente entrevista, José Mujica, presidente do Uruguai, assumiu ser descrente ao elogiar Hugo Chávez.

“Eu ainda não fui capaz de acreditar em Deus”, disse. “Se existe um ser tão poderoso, espero que Ele ajude os pobres da América Latina dando saúde ao comandante [Chávez]”.

A declaração de Mujica chama a atenção porque político ateu ou agnóstico costuma não sair “do armário”, para não perder votos, ainda mais nestes dias marcados pelo conservadorismo religioso em vários países.

Fernando Henrique Cardoso é um exemplo brasileiro. Em 1985, então candidato a prefeito de São Paulo, ele disse em uma entrevista que não acreditava em Deus, mas se arrependeu da declaração. Em 2006, o candidato derrotado a prefeito e presidente da República de 1995 a 2002 afirmou à Playboy que adorava ir à missa. “Às vezes, vejo pela TV [a missa]. Tenho um rosário na minha cabeceira e acho que a religião está fazendo falta”.

Chávez sempre foi um crente, mas não tão devoto como tem sido hoje. O defensor da implantação do socialismo na América Latina deixou de citar o ateu Marx para pedir a Jesus um milagre que cure o seu câncer na região pélvica.

[b]Fonte: Paulopes[/b]

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