O crescimento da Record nos últimos anos foi sustentado principalmente pelo telespectador mais pobre e mais jovem, que consome pouco e atrai menos os anunciantes.

Segundo o Ibope, a audiência nacional da rede aumentou 64% no horário nobre, entre janeiro e maio deste ano, comparada com o mesmo período de 2005. Mas foi desigual. Entre as classes D e E, a Record subiu 105%, contra 79% na C e apenas 26% nas A e B. Seu crescimento foi de 142% entre o telespectador de 4 a 11 anos e de 108% entre os de 12 a 17, mas de somente 25% entre as pessoas com mais de 50 anos.

A Record é hoje a rede de perfil de audiência mais popular. De cada cem telespectadores da rede, 31 são das classes D e E, 49 da C e 20 da A e B. Seu público tem 48% a mais pessoas das classes D e E (que recebiam até R$ 485 em 2005) do que a média da população. De cada cem brasileiros, 33 são das classes A e B, 46 da C e 21, da D e E.

No SBT, historicamente vista com uma “TV do povão”, a composição atual da audiência é de 24 pessoas das classes A e B, 50 da C e 26 da D e E para cada grupo de cem telespectadores. Ou seja, assim como a Record, a rede de Silvio Santos tem proporcionalmente menos telespectadores mais ricos do que a média da população.

A audiência da Globo praticamente espelha a população. De cada cem telespectadores, 31 são A e B, 47 C e 22, D e E.

Fonte: Folha de São Paulo

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