O Supremo Tribunal Federal (STF) virou palco de uma guerra santa travada em torno das pesquisas com células-tronco embrionárias, segundo matéria publicada pela repórter Carolina Brígido no jornal O Globo neste domingo

De um lado, cientistas defendem o uso de embriões humanos para a realização de estudos que buscam terapias para doenças genéticas e deficiências físicas. Do outro, a Igreja católica condena esse tipo de pesquisa. Para ela, o direito à vida estaria sendo violado.

O julgamento da polêmica está marcado para a próxima quarta-feira. Nos últimos dias, dezenas de médicos, geneticistas, advogados e religiosos fizeram peregrinação pelos gabinetes dos onze ministros da Corte para apresentar derradeiros argumentos.

Será julgada uma ação direta de inconstitucionalidade apresentada em 2005 pelo então procurador-geral da República, Claudio Fonteles, contra a Lei de Biossegurança. Editada no mesmo ano, a lei libera pesquisas com células-tronco embrionárias – uma esperança para pacientes portadores de atrofias musculares, diabetes e paralisias em geral.

Embora as pesquisas não estejam proibidas, elas ficaram paralisadas. Os institutos de ciência ficaram temerosos em investir nos experimentos e, depois, o STF derrubar a lei.

Mesmo com o risco de perder dinheiro, o governo federal repassou a laboratórios desde 2005 R$ 24,48 milhões para financiar pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias. Desse total, pelo menos R$ 1,62 milhão foi destinado às experiências com embriões humanos. O dinheiro saiu dos cofres do Ministério da Saúde e do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Fonte: O Globo Online

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