A empresa contratada para demolir o que restou da sede da Renascer, no Cambuci (centro de São Paulo), vai mudar a tática usada para o serviço após a constatação de que uma das paredes está tombando em direção às casas próximas à igreja.

Ao invés de derrubar a parede aos poucos, à marteladas, a empresa deve usar cabos de aço para puxá-la, de uma única vez, para o lado de dentro do templo.

A nova tática prevê a utilização de três cabos de aço para puxar as paredes que ainda estão em pé. O desabamento do teto da sede da Renascer, no último domingo (18), deixou nove mortos e uma centena de feridos.

De acordo com o coronel Orlando Rodrigues de Camargo Filho, da Defesa Civil de São Paulo, desde o início dos trabalhos, na tarde de ontem, a inclinação aumentou em cerca de meio metro.

Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local, neste sábado, para analisar o que restou do templo e as causas do acidente. Eles pretendem aproveitar restos da estrutura de madeira e metal e pedaços de concreto a fim de ajudar na investigação.

Na tarde de hoje, o perito criminal Marcos Godoy esteve no local e afirmou que o fato de a parede ser demolida de uma única vez não vai alterar a análise pelo instituto.

“Não existe preocupação de danificar a estrutura porque é possível estabelecer o que aconteceu antes e o que aconteceu depois [da queda do teto]”, disse Godoy.

Segundo o coronel, as estruturas horizontais da parede estão “fraturadas”. Ainda segundo a Defesa Civil, 12 pessoas trabalham no serviço de demolição.

Desde o início dos trabalhos, na tarde de ontem, apenas dois dos dos 12 metros da parede com maior risco de queda foram retirados. A demolição com os cabos de aço não deverá se iniciar hoje. Neste sábado, as atividades de demolição começaram às 8h e foram suspensas por volta das 12h.

Fonte: Folha Online

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