A situação da mulher no Afeganistão não melhorou após a derrocada do regime Talibã pelos Estados Unidos e seus aliados em 2001, segundo um grupo britânico de defesa dos direitos das mulheres.

De acordo com uma pesquisa da organização Womankind Worldwide, a violência contra as mulheres continua sendo endêmica no país asiático. Além disso, aumentou consideravelmente o número daquelas que se matam ateando fogo ao próprio corpo porque não podem suportar mais a vida que levam.

Segundo a organização britânica, entre 60 e 80% de todos os casamentos realizados no Afeganistão são forçados e até 57% das mulheres se casam antes de completar os 16 anos.

O casamento continua sendo, por outro lado, uma mera transação econômica devido ao velho costume de pagar um preço pela noiva.

Além disso, continua se praticando amplamente a troca de esposas como forma de saldar dívidas, denuncia a Womankind Worldwide, segundo a qual também são muito comuns os homicídios por motivos de honra.

Mulheres estupradas, por exemplo, não podem denunciar o ocorrido por temor de serem castigadas por terem tido relações sexuais fora do casamento.

Apenas 19% das escolas afegãs estão destinadas às meninas e as matriculadas nelas não superam os 5%.

No norte do país, a cada dez minutos morre uma mulher no parto, denuncia a organização.

Fonte: EFE

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