Os sete sul-coreanos que continuam nas mãos de insurgentes no leste do Afeganistão podem ser libertados hoje mesmo, um dia depois que outros 12 reféns foram postos em liberdade, anunciou hoje à Efe um porta-voz talibã.

Segundo Zabiullah Mujahid, a milícia rebelde se dispõe a libertar todos os reféns que ainda estão em seu poder. Mas ele não esclareceu se serão todos de uma vez ou em pequenos grupos, como na quarta-feira.

Os 12 reféns já libertados foram entregues aos poucos ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha na província de Ghazni, onde aconteceu o seqüestro. Foram três grupos, de três, cinco e quatro pessoas.

Um líder tribal que atuou como intermediário entre os seqüestradores e a Coréia do Sul, Haji Zahir Shah, disse que a libertação é feita aos poucos porque os seqüestradores tinham dividido os sul-coreanos em vários grupos, retidos em áreas diferentes.

O dirigente tribal já previa nesta quarta-feira que os outros sete reféns recuperariam a liberdade nas próximas horas, ou no máximo em três dias.

Os insurgentes tinham capturado a 23 missionários evangélicos sul-coreanos, em sua maioria mulheres, no dia 19 de julho. Eles executaram a tiros o líder do grupo, Bae Hyung-kyu, um pastor evangélico de 42 anos, e Shing Sun-min, de 29.

Após longas negociações, os rebeldes aceitaram abrir um diálogo direto com uma delegação de Seul. Em seguida, duas reféns doentes fossem soltas, dia 13 de agosto.

O acordo final aconteceu na terça-feira, quando os talibãs anunciaram que liberariam todos os sul-coreanos. Em troca, a Coréia do Sul se comprometeu a retirar suas tropas do Afeganistão o mais rápido possível.

O pacto também estabeleceu que os sul-coreanos voluntários em ONGs no Afeganistão abandonariam o país no prazo de alguns dias.

Fonte: Último Segundo

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