O número de turistas estrangeiros que vão participar das cerimônias religiosas de Natal em Belém, na Cisjordânia, deve ser o maior em sete anos. A estimativa é do Ministério do Turismo israelense.

Nos últimos dias , os hotéis de Belém e também de Jerusalém começaram a receber levas de novos hóspedes, a maioria cristãos de vários países, que costumam percorrer os locais sagrados do cristianismo na Cidade Santa e participar da missa de Natal na Igreja da Natividade, em Belém – cidade colada a Jerusalém, mas situada dentro dos territórios palestinos ocupados por Israel.

O anúncio de um provável número recorde de turistas em relação aos últimos anos causou surpresa. Desde o início da segunda intifada palestina, em 2000, que abriu um período de atentados palestinos em Israel, o número de turistas estrangeiros na Terra Santa caiu drasticamente, prejudicando principalmente o comércio de Belém – que depende do turismo religioso para sobreviver.

O Natal do ano passado indicou uma tendência de recuperação. Os motivos foram a melhoria das condições de segurança em Israel – sem registro de grandes ataques terroristas palestinos, o que estimulou a volta de turistas estrangeiros – e também da tensão política entre palestinos e israelenses.

A disputa interna entre grupos armados palestinos na Faixa de Gaza este ano, porém, esfriou as expectativas dos comerciantes de Belém. Embora longe da Cisjordânia, onde Belém está situada, os choques entre os seguidores do grupo islâmico Hamas e do partido laico Fatah, leal ao presidente Mahmud Abbas, prejudicaram o planejamento das agências de viagens para vender pacotes turísticos na Europa e nos Estados Unidos.

O fato de os choques entre os grupos palestinos terem caído nos últimos meses acabou revertendo as expectativas negativas. Resta saber se o fluxo de turistas vai confirmar a previsão das autoridades israelenses.

Fonte: Estadão

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